O Rosário é uma forma de oração muito simples e rica. Todo mundo consegue aprendê-la e ela contém os principais mistérios da nossa fé: a Encarnação, a Vida Pública, a Morte e a Ressurreição de Jesus. Antes da inserção dos Mistérios Luminosos (a Vida Pública) o Rosário constava de 150 Ave-Marias, que lembravam os 150 Salmos: era o Saltério dos Pobres.

A repetição das Ave-Marias cria, no interior da pessoa, um estado mental que facilita a contemplação da cena evangélica proposta para cada "mistério". Não se trata de rezar as Ave-Marias pensando nas suas palavras, mas visualizando mentalmente a cena do "mistério".

O Rosário, neste sentido, nos oferece um método de oração antiquíssimo, sobretudo entre os orientais: a mantra. Na Idade Média, ajudou os missionários e pregadores cristãos a evangelizarem as massas, batizadas, sim, mas pouco nutridas dos conteúdos principais da fé.

Resgatar o valor do Rosário como método de oração e meio de evangelização, uma boa tarefa, se inteligente e sabiamente conduzida. É por isso que o Papa Leão XIII instituiu outubro como Mês do Santo Rosário e recomendou aos fiéis os piedosos exercícios pertinentes (Enchriridion indulgentiam, 48).

O evangelho de hoje é do anúncio do anjo a Maria de que ela fora escolhida pelo Altíssimo para gerar o seu divino Filho, o que aceitou. Celebrando a Encarnação, a Igreja convida todos os fiéis para que - rezando o rosário - meditem os mistérios de Cristo, em companhia da Virgem Maria.