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Como é feito o rastreio de câncer colorretal no Brasil

O Diário - 4 de junho de 2023

Como é feito o rastreio de câncer colorretal no Brasil

Isadora Rodolfo, estudante do 5º período do curso de Medicina da FACISB, orientada pelo prof. João Luiz Brisotti

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O câncer colorretal ocupa a terceira posição em termos de incidência em homens a nível mundial, com 746.000 casos representando 10% do total, e a segunda posição em mulheres, com 614.000 casos representando 9,2% do total. A ausência de acesso a um diagnóstico precoce resulta na maioria das pessoas procurando tratamento quando os sinais e sintomas se manifestam. Esse cenário confere complexidade, elevado custo e invasividade ao tratamento, que frequentemente envolve intervenções cirúrgicas, quimioterapia e radioterapia, acarretando impactos econômicos, psicológicos e sociais negativos. Entretanto, o câncer colorretal pode ser considerado uma doença passível de detecção precoce ou prevenção secundária, com possibilidade de evitar parte das mortes ao conhecermos a história natural da doença. O rastreamento, um procedimento direcionado à população assintomática durante a fase subclínica da doença, tem como objetivo reduzir a incidência de câncer invasivo e a taxa de mortalidade, ao detectá-lo em estágios iniciais. Esse rastreamento deve ser personalizado, levando em consideração o risco de desenvolvimento da doença. Entre os exames disponíveis para o rastreamento do câncer colorretal, destacam-se o teste de pesquisa de sangue oculto nas fezes, os exames de imagem do cólon, como o exame contrastado com ar e o enema baritado, a colonografia computadorizada (CCT ou colonoscopia virtual), a retosigmoidoscopia flexível e a colonoscopia. O teste de sangue oculto, ao longo dos anos, tem proporcionado um grande número de diagnósticos em estágios iniciais, permitindo a cura por meio de abordagens terapêuticas menos invasivas e mutilantes, porém, a colonoscopia é o principal exame de diagnóstico precoce, pois, uma vez que envolve biópsia, se torna mais efetivo. Por fim, a adesão ao rastreamento é um fator determinante para alcançar os objetivos de redução do número de mortes decorrentes do câncer colorretal.

Isadora Rodolfo, estudante do 5º período do curso de Medicina da FACISB, orientada pelo prof. João Luiz Brisotti