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“Déficit de natureza” e consequências para o bem-estar da população

O Diário - 14 de outubro de 2023

“Déficit de natureza” e consequências para o bem-estar da população

Ana Júlia Fumes, estudante do 2º período do curso de Medicina da FACISB, orientada pelo prof. Robson Aparecido dos Santos Boni

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A tecnologia é benéfica para toda a população em muitos aspectos, pois possibilita o acesso rápido à informação, comunicação à distância e facilita novos aprendizados. No entanto, tem causado problemas de convívio pelo isolamento social em crianças, jovens e adultos. Esse isolamento proporcionado pelo mundo virtual tem limitado a interação interpessoal e a interação das pessoas com o meio ambiente. Sabe-se que o contato com a natureza, principalmente na infância, é de extrema importância para diversificar e ampliar experiências sensoriais, estimular a criatividade e influenciar positivamente o bem-estar emocional. O uso de celulares por longos períodos no dia-a-dia, a urbanização das cidades e a falta de diálogo familiar, a pobre interação com o meio-ambiente passa a ser um evento ruim, pois priva adultos e crianças de ter uma vivência e um crescimento pleno em conexão com a natureza. As consequências deste confinamento já foram divulgadas pelo autor Richard Louv, intitulado como “transtorno de déficit de natureza”. Tal transtorno, incluem pessoas com coordenação motora reduzida, obesidade por carência de atividade física, criatividade diminuída, desenvolvimento social menos diverso, distúrbios visuais, comprometimento do sono pelo excesso de luz virtual, falta de concentração, atenção e até prejuízos na memória. Entretanto, a tecnologia é um recurso indispensável na vida globalizada atual, sendo extremamente necessária nos estudos, trabalho e interação digital. Assim, o uso consciente não permitindo que a maior parte do tempo seja ocupado pelo uso de telas, partilhando parte da rotina com a atividades ao ar livre, passeios à praças, parques, piqueniques, conversas presenciais com as crianças, amigos e familiares são benéficos. Por fim, orienta-se que pais e educadores aproximem as crianças da natureza, afastando-as do confinamento, da solidão, proporcionando momentos de lazer ao ar livre, mudando o cenário da infância moderna e trazendo as crianças de volta ao seu lugar de liberdade.

Ana Júlia Fumes, estudante do 2º período do curso de Medicina da FACISB, orientada pelo prof. Robson Aparecido dos Santos Boni