Instituição barretense venceu licitação nos quesitos menor preço e melhor projeto

A Fundação Pio XII assume em 10 de junho a gestão da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) que terá escala fixa com sete médicos. O valor do contrato passa de R$ 770 mil/mês para R$ 985 mil por 12 meses podendo ser prorrogado por até 60 meses. Parte dos recursos serão aplicados na manutenção predial da unidade.   O gestor Henrique Prata informou que o objetivo é diminuir o fluxo da Santa Casa, propiciar medicina humanizada e harmonizar a comunicação com a atenção básica de saúde.  “Teremos médicos disponíveis e mudanças para melhorar o atendimento às pessoas”, disse.

Segundo ele, será implantada a mesma filosofia que aumentou a resolutividade dos postinhos coordenados pela Fundação Pio XII e na Santa Casa. “Antes de nossa coordenação morriam 47% das pessoas na UTI da Santa Casa e agora são 14% e nos postinhos conseguimos chegar a 90% de resolutividade em poucos meses”, afirmou. A UPA passa a ter escala com 7 médicos fixos sendo 2 pediatras, 3 médicos da família e 2 emergencistas. “O Hospital de Amor tem essa responsabilidade com as pessoas, estamos fazendo o caminho de tratar o problema na raiz para não sobrecarregar a Santa Casa e é ignorância falar em monopólio”, ressaltou.

MUNICÍPIO: A prefeita Paula Lemos reforçou que as mudanças chegaram após ouvir as demandas da população sobre os atendimentos na UPA. “Mesmo com todas as dificuldades aumentamos os valores do contrato para garantir melhor qualidade no atendimento”, disse. O contrato prevê aumento de 89 para 113 profissionais entre enfermeiros, técnicos de enfermagem, copeiros e médicos 24 horas na escala.  O secretário de saúde, Kleber Rosa, declarou que a nova metodologia é fundamental para melhorar os protocolos, condução dos fluxos, qualidade da assistência e resolutividade. “A equipe médica maior propicia acolhimento e triagem adequados para os pacientes”, afirmou.

HUMANIZAÇÃO: O médico Leonardo de Paula Almeida será responsável pela coordenação das equipes da UPA. Para ele, a humanização dos atendimentos é primordial. “Fundamental olhar no olho do paciente, ouvir e respeitar seu tempo”, disse. O médico destacou que a UPA precisa funcionar integrada com os demais serviços como Santa Casa, Unidades de Saúde, CAPS e outras instituições.  “A UPA não deve ser apenas um local de passagem, mas que vai direcionar esse paciente ao serviço adequado para ter acompanhamento. Vamos observar e integrar melhor a rede de saúde cercando as pessoas nesse cuidado”, declarou. “Trabalhei em muitos lugares, mas o único que me deu espaço para o atendimento humanizado foi a Fundação Pio XII e eu tenho muito orgulho daqui”, finalizou.