A telemedicina é o uso das tecnologias de comunicação para a interação entre profissionais de saúde e pacientes com o objetivo de realizar ações médicas a distância. O primeiro marco da telemedicina no mundo não está bem definido, mas há registros de seu uso durante as Guerras Mundiais e no monitoramento da saúde de astronautas durante voos espaciais. No Brasil, os projetos de telemedicina ganharam destaque a partir do final da década de 90, com a introdução da videoconferência. Contudo, foi durante a pandemia de COVID-19 que a telemedicina se destacou ainda mais, oferecendo uma alternativa segura para pacientes que evitavam ir aos hospitais devido ao risco de contágio.

Entre suas vantagens, a telemedicina elimina barreiras geográficas, ampliando o acesso à medicina para a população. Reduz o tempo de deslocamento e de espera, proporciona um atendimento seguro, sigiloso e resolutivo. No entanto, é importante reconhecer que há limitações, como a impossibilidade de realizar exames físicos em alguns casos necessários e a resolutividade reduzida para queixas mais graves. Mesmo assim, a telemedicina tem papel importante na identificação e acolhimentos desses pacientes que, no município de Barretos, são encaminhados para a Unidade Básica de Saúde (UBS) ou Unidade de Pronto Atendimento (UPA) quando necessário.

Para regulamentar a prática da telemedicina no Brasil, foram estabelecidas legislações, incluindo a criação do Conselho Brasileiro de Telemedicina e Telessaúde, e a resolução CFM nº 1.643/2002, do Conselho Federal de Medicina, que define e disciplina a prestação de serviços por meio da telemedicina. A teleconsulta, uma das modalidades da telemedicina, permite aos pacientes fazer consultas médicas por videoconferência. Em Barretos, ela é oferecida pelo Telessaúde Barretos, mediante o envio de mensagem de WhatsApp para o número (17) 3612-0003, desde que o paciente esteja de acordo com os termos de proteção de dados utilizados. Em seguida, realizam a chamada de vídeo com um profissional de saúde por meio de plataforma segura.

A telemedicina, portanto, é legal e desempenha um papel fundamental na consolidação da Rede de Atenção à Saúde. Além disso, é amplamente reconhecida como uma ferramenta valiosa para ampliar o acesso aos serviços de saúde e melhorar a cobertura assistencial à população.

Júlia Lopes Martins Pereira, estudante do 7º período do curso de Medicina da FACISB, orientada pela profª Gabriela Rossi Zaia