O ato do candidato de pedir voto
O Diário - 10 de agosto de 2024
O ato do candidato de pedir voto
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Todo candidato tem que pedir voto. Não pode alegar humildade, vergonha ou timidez. Candidato é por natureza uma pessoa que tem coragem de se expor. Ser candidato ao executivo ou legislativo significa não ter medo de se “colocar” a serviço para ser agente público. Não cabe desculpa para evitar contato com o eleitor, fugir do debate democrático ou se negar ao diálogo franco e direto na comunidade. Fala e escuta. Vê e sente.
O cientista político Araré Carvalho – professor da Unifeb durante muitos anos e ambientado no histórico eleitoral barretense – lembra que a suprema corte admitiu que o candidato pode distribuir pessoalmente “seu santinho”. O que fica claro, porque abusivo e negativo, salienta o especialista, é criar “uma sujeira” de papel pelas ruas e avenidas da cidade. São coisas diferentes, distintas e objetivas. Nenhum candidato - por disputar um pleito - adquire poder poluidor, de sujar e denegrir o cenário municipal e as casas das pessoas.
Pedir o voto é o meio mais direto de assumir a responsabilidade política de defender a democracia, a cidadania e a cidade. Quem pede voto está se colocando à vista. O contato mostra transparência. Sempre é uma oportunidade de revelar sua trajetória, experiência e coerência. Pedir voto é o meio mais criativo, ousado e verdadeiro de se colocar em campanha eleitoral. Nenhum candidato pode recusar voto de qualquer eleitor. Todo candidato tem que se expor publicamente. A tarefa do eleitor é assimilar quem é o “lobo em pele de cordeiro”. Por isso todo eleitor tem o direito de prometer avaliar o pedido, mas a sua decisão é pessoal, intransferível e secreta. O valor da consciência em essência.
Eleitor deve escutar o pedido de voto de todo tipo de candidato. Todo candidato tem o direito de pedir o voto de todo tipo de eleitor.