A Câmara Municipal é a Casa do Povo. Não se diz o mesmo da prefeitura, porque o executivo tem a tarefa de realizar. Não se diz do fórum, porque é a Casa da Justiça, não do povo. Inclusive, a justiça é cega, tem balança e espada, para ser imparcial, equilibrada e forte.

O barretense esquece muitas vezes – por razões claras, certas e complexas – o poder do voto do seu representante para o legislativo. Muitas vezes, deixa para escolher na última hora, atendendo um pedido de um ou outro, pegando uma sugestão ali, outra acolá, sem fazer reflexão sobre o nome do seu candidato ao legislativo.  Depois, não lembra em quem votou.

Todo vereador é um agente público, um político com mandato, com poder de interferir profundamente em todos os setores da cidade, da sociedade e da administração. Legislar sobre impostos, taxas e plano diretor. Todo vereador tem verbas públicas e agora também emendas impositivas, determinando destinação de recursos para obras e segmentos diversos.

Barretos tem em disputa 17 cadeiras, formando um colegiado amplo e representativo. Pode até não ser o mais votado nas urnas, porque a vaga segue um sistema de proporcionalidade. Mas ninguém é eleito sem o voto.

Todo cidadão está comprometido com a democracia, o desenvolvimento municipal e o crescimento local, fazendo de seu voto em 6 de outubro o mais poderoso instrumento de suas necessidades, expectativas e esperanças. Pensar que tudo é igual, qualquer um serve, é abrir mão da consciência interior, da liberdade de escolha e da vocação de partilha com responsabilidade. Uma grave omissão pessoal e social.

Votar para eleger um vereador exige até mesmo ser mais criterioso do que votar para prefeito. A Casa do Povo tem a estrutura, o perfil e a identidade da cidadania praticada numa comunidade.