José Melchiorre Sarto nasceu em 1835, na Itália, numa família de 10 filhos.

Passou por todas as formas de tradicionais de ministério pastoral. Foi vigário paroquial, pároco, bispo, arcebispo, patriarca e papa. Por anos, percorreu, todos os dias, a pé, às vezes descalço, a estrada entre Riese e Castelfranco, para frequentar a escola. Estudou no seminário de Pádua.

Ordenado sacerdote em 1858, foi nomeado vigário paroquial de Tombolo (Pádua), onde atuou por nove anos. em seguida foi, também por nove anos, pároco de Salzano, uma cidade maior onde suas qualidades sobressaíram. Em 1875 o bispo de Treviso o nomeou cônego da Catedral, chanceler da Cúria e Diretor espiritual do Seminário, cargos que ocupou simultaneamente por nove anos.

Dono de excelente saúde, notável equilíbrio, extraordinária capacidade de trabalho, dom para a oratória, facilidade no relacionamento com as pessoas, dedicação às atividades pastorais, especialmente aos pobres, Sarto foi nomeado bispo de Mantova, onde atuou por nove anos, pelo papa Leão XIII, em 1884. Era considerado "intransigente", isto é, condenava radicalmente o liberalismo e a abertura à mentalidade moderna.

Cardeal em 12 de junho de 1896, Patriarca de Veneza três dias depois. Morto Leão XIII em 1903, no conclave, o favorito era o cardeal Rampolla, mas seu nome foi vetado pela Áustria. Pio X, eleito no dia 3 de agosto de 1903, colocou-se claramente contra o que, na época, se chamava de modernismo. Acentuou o poder papal e a identificação da Igreja com o papado, do povo de Deus com a Santa Sé, além da mais absoluta separação entre hierarquia e laicato. Iniciou uma Reforma da Cúria Romana, da liturgia, do canto sacro e litúrgico, do direito canônico, legislou sobre a comunhão às crianças, instituiu a obrigação da catequese para adultos e crianças, publicou o Catecismo chamado de Pio X.

Morreu aos 21 de agosto de 1914, no início da Primeira Guerra. Foi beatificado em 1953 e canonizado em 1954 por Pio XII.