Jesus, que é Deus, compara os hipócritas a túmulos
Diocese de Barretos - 28 de agosto de 2024
Jesus, que é Deus, compara os hipócritas a túmulos
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Os sepulcros, caiados por fora, são bonitos, luminosos, atraentes, mas, por dentro, estão cheios de venero e de morte (cf. Mateus 23,27).
"Os hipócritas aparentam ser justos, mas, na verdade, trata-se de uma impecabilidade exterior que esconde o maior dos pecados: a busca da autojustificação, que não conhece o amor e gera todo tipo de maldade sob a máscara de bem.
Os profetas são venerados, mas só depois que foram mortos. Erguem-se monumentos em sua homenagem, recolhem-se seus ensinamentos, apregoam-se as suas palavras, agora inofensivas. É a segunda morte do profeta!
Pede-se perdão pelos pecados dos antepassados, dos quais esses, enquanto viviam, não se arrependeram. É preciso passar do modo do arrependimento pelos pecados dos outros ao nosso arrependimento pelos nossos! O perigo é mascarar os pecados atuais, continuando a mesma história de violência dos nossos antecessores. Resgatamos Lutero, e não nos reconciliamos com os protestantes; salvamos os Galileus de ontem, e condenamos os cientistas atuais; condenamos a Inquisição, e abrimos centenas de processos contra os que têm coragem de pensar... e, assim, a história continua... mal!
Quando agimos assim, não somos filhos/as de Deus, mas da serpente, e damos continuidade à tradição de perversidade dos nossos pais. O nosso ser, porém, é o de filhos e filhas de Deus. O nosso aparecer, consequentemente, deve manifestar o nosso ser na fraternidade. Não podemos representar, como se faz no teatro: não podemos ser "atores" (o ator é outro, nunca ele mesmo), mas "fazedores" da Palavra. Para Mateus, o mal supremo não é propriamente o mal; é a hipocrisia, o mal que não se assume ou o mal que se mascara e se esconde atrás do bem" (Revista O Pão Nosso de Cada Dia, agosto p. 105).