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Quem não é contra nós é a nosso favor

Diocese de Barretos - 29 de setembro de 2024

Quem não é contra nós é a nosso favor

Quem não é contra nós é a nosso favor

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No Evangelho deste domingo, João, discípulo de Jesus, diz ao Mestre que viu alguém expulsar um demônio em seu nome e o proibiu (v. 38). Jesus, por sua vez, afirma ao discípulo: “Não o proibais, pois ninguém faz milagres em meu nome para depois falar mal de mim” (v. 39). E continua: “Quem não é contra nós é a nosso favor” (v. 40). Jesus não pensa de modo exclusivista, descartando aqueles que não são de seu grupo de discípulos. Ao contrário, há muitos discípulos que não estão incluídos de forma ordinária, mas sim extraordinária.

A partir do v. 40, Jesus inicia uma série de ditos sapienciais com base na atitude do discípulo João, que pensa estruturalmente o interior da comunidade discipular e não é capaz de ver além. O v. 41 trata da generosidade de quem nos der de beber um copo de água porque somos de Cristo – essa pessoa não ficará sem recompensa. No v. 42, Jesus admoesta seus discípulos a não escandalizar nenhum dos menores, pois seria melhor a quem age assim ser jogado no mar com uma pedra de moinho amarrada ao pescoço. Os v. 43.45-47 formam um tríptico de casos de pecado que porventura o discípulo venha a cometer: com as mãos, com os pés e com os olhos. Para o Senhor, seria melhor arrancá-los. Evidentemente, Jesus está falando em sentido metafórico, a fim de que seu discípulo arranque a raiz do pecado, aquilo que o leva para o mal. Isso não significa arrancar os órgãos ou membros do corpo, mas o que os leva a pecar. Jesus quer que o discípulo arranque a causa do pecado, seja a ganância, seja o pôr-se no caminho errado ou o olhar de cobiça ou de desejo perverso. Desse modo, para sermos bons e verdadeiros discípulos de Jesus, capazes de anunciar sua Palavra, somos convidados a romper com as estruturas injustas e perversas que nos conduzem ao pecado.

Perceber que Deus não limita sua ação salvífica. Muitos que estão fora da comunhão eclesial podem viver mais plenamente o amor e nos converter ao amor verdadeiro. Refletir com a comunidade sobre o que fazemos com o uso do dinheiro. Não podemos deixar que a ganância nos cegue, levando-nos ao egoísmo. Ricos podem compartilhar com os pobres e construir uma sociedade mais fraterna. Compreender que Deus chama seu povo para ser seu sinal no mundo, o que não significa privilégio, mas serviço (Revista “Vida Pastoral, Paulus, n. 359).