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Por mulheres à Câmara Municipal!

karla-armani-medeiros - 1 de outubro de 2024

Por mulheres à Câmara Municipal!

PROFª ESP. KARLA ARMANI MEDEIROS historiadora, professora de História e titular da cadeira 7 da ABC www.karlaarmani.blogspot.com / @profkarlaarmani

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Há quatro anos eu exponho abertamente a minha insatisfação em não haver uma mulher na atual legislatura da nossa Câmara. Pois bem, a menos de uma semana da eleição, chegou a hora de ser coerente com o discurso que tanto sustentei: a Câmara Municipal não precisa ter representantes “de” mulheres, e sim elas mesmas. 

Você, meu caro leitor, certamente há de concordar comigo que a democracia é bem consolidada quando há ocupantes de diversas categorias, comunidades e ideias nos cargos políticos. Talvez seja no equilíbrio entre homens e mulheres que essa diversidade se inicie. Fico a pensar: Como seria a Câmara de Barretos se ao menos metade das cadeiras fossem ocupadas por mulheres? Quais seriam as bandeiras levadas por elas? (Apenas um desabafo oportuno: ao menos o Dia Internacional da Mulher, por exemplo, não seria vexatório como tem sido nos últimos anos). 

Por certo, mulheres vereadoras levariam pautas do universo feminino, materno, social, científico e educacional com olhares diferenciados, pois quando se pertence de fato àquele ambiente, as demandas e soluções se tornam muito mais reais. Mas, para além disso, vereadoras também tem assuntos de outras pautas a serem analisados, como obras, meio-ambiente e política, e não há dúvidas que as suas atuações perante tais temas teriam muito a contribuir no legislativo. 

Barretos teve a sua primeira vereadora eleita apenas em 1973, tratava-se da professora Maria Ignêz de Ávila Jacintho, que fora reeleita para a legislatura seguinte. Depois dela, apenas quatro vereadoras foram eleitas e mais seis suplentes. Número pequeno diante os 132 anos da Câmara Municipal. Por tudo isso, é importante dizer que esse manifesto não se trata de medir competência entre homens e mulheres, mas sim de representatividade efetiva. De equidade, isto é, a correção de desiquilíbrios. Se no passado não era possível, agora, a gente corrige. Que 6 de outubro possa nos surpreender, afinal, é como eu sempre digo: em terra de Chico Barreto, Ana Rosa também é rainha.

PROFª ESP. KARLA ARMANI MEDEIROS, historiadora, professora de História e titular da cadeira 7 da ABC – www.karlaarmani.blogspot.com / @profkarlaarmani