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Jamais condenemos. Só Deus é juiz

Diocese de Barretos - 22 de outubro de 2024

Jamais condenemos. Só Deus é juiz

Jamais condenemos. Só Deus é juiz

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(Por: Pe. Maicon A. Malacarne - Erechim-RS)

            As redes sociais abriram uma janela de relações no nosso cotidiano! É verdade que também se vê crescer toda espécie de preconceitos e de mentiras, o que exige de quem está nesse meio a constante atenção e desconfiança de "tudo" e de "todos". Nada cresceu tanto como a cultura do cancelamento! Trata-se de um tsunami de julgamentos, um linchamento virtual, sobre uma opinião, um acontecimento na vida de alguém ou de uma organização que está em desacordo com certa visão.

            No contexto religioso, outro fenômeno tornou-se recorrente: determinadas pessoas que ganham (ou perdem) a vida no empenho de massacrar sujeitos que, a partir de determinado modo de julgar, agiram em desconformidade com a doutrina ou a moral da Igreja. São como que donos de um comércio de carimbos, sempre prontos para deixar a marca: "excomungado!".

            Os Evangelhos atravessam a nossa história e, por isso, lançam luzes para discernir bem as escolhas e os comportamentos – também nas redes sociais. Jesus, de fato, disse aos discípulos: "Se o teu irmão pecar contra ti, vai corrigi-lo, mas em particular, a sós contigo! Se ele te ouvir, tu ganhaste o teu irmão. Se ele não te ouvir, toma contigo mais uma ou duas pessoas, para que toda a questão seja decidida sob a palavra de duas ou três testemunhas. Se ele não vos der ouvido, dize-o à Igreja. Se nem mesmo à Igreja ele ouvir, seja tratado como se fosse um pagão ou um pecador público" (Mt 18,15-17).

            Quando, com segurança, estivermos diante de um grande erro (não de opiniões), a pedagogia divina nos lembra: nunca massacrar, nunca condenar, nunca diminuir, nunca alimentar a vingança, mas sempre salvar! Por isso mesmo Jesus disse: "se o teu irmão..." (...) "se o teu irmão"! O primeiro passo quem deve dar sou eu: "vai corrigi-lo... vai!" O ponto de partida é a fraternidade.