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Maria e a virtude da oração

Diocese de Barretos - 7 de novembro de 2024

Maria e a virtude da oração

Maria e a virtude da oração

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(Por: Ir. Afonso Muraci, FMS, professor de Mariologia)

Maria de Nazaré aprendeu a rezar com o seu povo. Os judeus oravam cada dia, invocando a presença de Deus ao levantar, antes das refeições, durante o trabalho e antes de dormir. Eles sabiam de cor alguns versículos dos Salmos. Agradeciam, louvavam a Deus, recordavam seu amor e sua fidelidade, pediam perdão e suplicavam. E como Maria e José aprenderam, também ensinaram Jesus. Imagine a família de Nazaré orando em comunidade!

Além do dia a dia, Maria rezou em vários momentos importantes de sua vida. Quando o anjo de Deus vem ao seu encontro, para convidá-la a ser a mãe do Messias, ela exercita a oração do discernimento. Fica surpresa, questiona, pensa, toma a decisão e termina com uma prece de entrega: “Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim conforme sua palavra” (Lc 1,38).

A mais bela oração de Maria se encontra na visitação a Isabel. Leia na sua Bíblia: Lc 1,46-56. Maria começa louvando a Deus na alegria, com o coração cheio de gratidão. Humildemente, reconhece que o Senhor fez maravilhas nela. Então, traz a história de seu povo para a oração. Como os profetas, proclama que Deus fará justiça aos pobres e abandonados. Como os sábios, reconhece que Deus é misericórdia.

Quando Jesus se torna adulto e sai de casa para anunciar o Reino de Deus, Maria percebe que precisa dar um passo a mais. Agora ela fará parte de uma nova família de Jesus, a dos seus seguidores. E dentro desse grupo de discípulos ela aprende a orar de outro jeito. Jesus ensina o Pai-nosso (Mt 6,9-13), que contém louvor, ação de Graças, súplica e perdão. Jesus ora de maneira espontânea, agradecendo ao Pai que revelou seus segredos aos simples e pequeninos (Mt 11,25).

A oração mais difícil para Maria aconteceu quando Jesus foi crucificado. Ela, João e outras mulheres estavam ali diante da cruz, em silêncio. Quando a dor é muito intensa, não cabem palavras. Basta a presença. No sofrimento, a boca se cala. É a forma mais despojada de se orar a Deus. Talvez tenha brotado de seu coração as mesmas palavras da anunciação: “Eis aqui a serva do Senhor”. Ou o clamor de Jesus: “Por que me abandonaste?”.

Por fim, Maria rezou com os apóstolos, os parentes de Jesus e outras mulheres, após a ressurreição de Jesus, preparando a vinda do Espírito Santo. Oração de contentamento e de esperança.

Que a Mãe de Jesus nos ensine desenvolver a virtude da oração. Amém!