Cuidados Paliativos: Um cuidado para a vida
O Diário - 7 de novembro de 2024
Carolina Gerbasi Ricci, estudante do 4º período do curso de medicina da Facisb, orientada pelo prof. Rodrigo Chaves Ribeiro
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Dizem que uma das certezas da vida é sua finitude. Nesta trajetória da vida, muitas doenças podem chegar a um estágio de não ter cura e, ainda, ter progressão da doença mesmo com as medicações mais avançadas. Então, quando a doença avança e os tratamentos tradicionais não são mais eficazes para curar, há um caminho que pode ser seguido: os cuidados paliativos. Neste, os pilares serão o conforto e a dignidade. Além do cuidado físico, o foco também está em buscar o alívio do sofrimento emocional, espiritual e social do paciente e da sua família.
Nesse sentido, o controle eficaz da dor e de outros sintomas debilitantes são um norte a fim de evitar sofrimentos desnecessários, sendo um tratamento totalmente humanizado. A equipe multidisciplinar busca entender todos os sentimentos do paciente em um momento tão delicado, tentando deixar a jornada mais leve a partir de abordagens terapêuticas como meditações, assistência espiritual, musicoterapia, óleos essenciais e até aulas de arte. As abordagens são decididas respeitando as escolhas do paciente, escutando suas preferências e anseios.
Desse modo, para ser possível esse cuidado tão diversificado, a equipe tem que atuar de maneira integrada. Pode ser composta de diversos profissionais: médicos, enfermeiros, psicólogos, nutricionistas, fisioterapeutas, etc. Cada profissional, com sua experiência, contribui para a construção de um cuidado que respeita a complexidade e a profundidade da experiência de adoecer e morrer. Dissociando os pensamentos de muitos indivíduos sobre os cuidados paliativos significarem que não haja mais nada a se fazer.
Em suma, os cuidados paliativos desempenham uma função essencial na medicina moderna ao proporcionar dignidade e qualidade de vida em cenários que os tratamentos curativos já não são mais viáveis. A partir do momento que tem uma equipe multidisciplinar dedicada apoiando o paciente e sua família de maneira integral e humanizada, terá uma forma de cuidado que valoriza a vida em todas as suas dimensões, evidenciando que sempre tem algo há algo a ser feito pelo paciente.
Carolina Gerbasi Ricci, estudante do 4º período do curso de medicina da Facisb, orientada pelo prof. Rodrigo Chaves Ribeiro