A formação do gabinete do executivo é prerrogativa do prefeito eleito. Um governo municipal eficiente começa bem antes da posse, com a definição do elenco dos secretários e assessores diretos. Não há uma boa gestão sem uma equipe competente, inteligente e adequada.

A primeira dificuldade está na escolha dos bons. Quem quer, não serve. Quem serve, não quer. É um dilema permanente. Trocar o setor privado pelo público tem enormes exigências, especialmente para profissionais qualificados e vencedores.

A política tem suas exigências e participar de um governo municipal implica em “doação de coração”. Há um caso – verdadeiro – em que o político foi pressionar o eleito para saber se tinha um lugar na equipe de governo.

- Todos estão me perguntando se vou fazer parte do governo ou não. O que devo responder?

Com seriedade, ouviu a seguinte resposta:

- Diga que você foi convidado, mas não aceitou...

A formação do gabinete de governo tem ainda “melindres” próprios da política, que aponta para a “governabilidade” estratégica. Isto significa formar bancada parlamentar, adesão partidária e alinhamento de programas e projetos. Ninguém governa sozinho. A arte da composição envolve lealdade e valores, assim como requer “habilidade e eficiência”. Algumas pastas são estratégicas e exigem conhecimento específicos de finanças, metodologia e pedagogia. Em todos – entretanto – o sentido de que “deveremos ser um pouco mais disciplinados em relação ao dinheiro”, procurando uma “maneira de poupar mais e de procurar outros fundos”.