Vitiligo: causas, impactos psicológicos e tratamentos modernos
O Diário - 8 de novembro de 2024
Dra. Cristina Monteiro de Barros Médica – Dermatologista (CRM: 133.245 - RQE: 73.917)
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O vitiligo é uma condição dermatológica caracterizada pela perda de pigmentação da pele, resultando em manchas brancas que podem aparecer em diversas partes do corpo. Isso ocorre devido à destruição ou perda da função dos melanócitos, as células responsáveis pela produção de melanina, o pigmento que dá cor à pele. Embora a causa exata do vitiligo ainda não seja completamente compreendida, fatores genéticos e autoimunes desempenham um papel central no desenvolvimento da doença. O vitiligo pode surgir em qualquer idade, embora seja mais comum entre os 20 e 30 anos. Estima-se que afete cerca de 1% da população mundial. Embora não seja contagiosa ou prejudicial à saúde física, o impacto emocional da doença pode ser profundo. As manchas, principalmente quando localizadas em áreas visíveis como o rosto, mãos e braços, podem causar desconforto e afetar significativamente a autoestima. Muitos pacientes enfrentam desafios psicológicos, como ansiedade, depressão e isolamento social, devido às mudanças na aparência. Atualmente, o vitiligo é classificado em dois tipos principais: segmentar, que afeta uma área limitada, e não segmentar, o tipo mais comum, que se espalha de forma simétrica por várias regiões do corpo. A progressão da doença é imprevisível, variando de paciente para paciente. Nos últimos anos, a dermatologia fez grandes avanços no tratamento do vitiligo. Além de terapias convencionais como corticosteroides e fototerapia, os **inibidores da Janus quinase (JAK)** surgiram como uma opção extremamente promissora. Esses medicamentos têm demonstrado resultados excepcionais na repigmentação da pele, oferecendo uma nova esperança para os pacientes. Estudos clínicos apontam para sua eficácia e segurança, tornando-os uma das opções mais avançadas e eficazes no tratamento da doença. Embora ainda não exista uma cura definitiva, esses tratamentos modernos oferecem resultados cada vez mais satisfatórios, e o acompanhamento médico regular é essencial para garantir a eficácia. Além disso, o suporte psicológico é fundamental para ajudar os pacientes a lidar com os impactos emocionais que o vitiligo pode causar. Com o avanço da ciência e a disponibilidade de novas terapias, a qualidade de vida das pessoas com vitiligo pode ser significativamente melhorada, tanto do ponto de vista físico quanto emocional.