Sífilis: uma doença antiga e ainda atual
O Diário - 19 de novembro de 2024
Helena Ferreira Maraccini, estudante do 4º período do curso de Medicina da FACISB, orientada pelo prof. Harnoldo Colares Coelho
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A sífilis, doença que teve seu surgimento notório no final do século XV, continua a ser uma preocupação de saúde pública. Apesar de parecer uma doença do passado, sua incidência tem aumentado em várias partes do mundo. Os dados da Organização Mundial da Saúde mostram que a moléstia ainda afeta milhões de pessoas, refletindo a necessidade de conscientização para prevenir a infecção, especialmente entre os mais jovens.
A sífilis é uma doença silenciosa e de caráter sistêmico, causada pela bactéria Treponema pallidum e transmitida principalmente por contato sexual. Além disso, uma forma conhecida como sífilis congênita, que pode ser passada de mãe para filho durante a gravidez, pode causar parto prematuro e acarretar graves problemas de saúde na criança.
A doença da sífilis apresenta alguns estágios distintos. O primeiro é a sífilis primária, que surge de 10 a 90 dias após a infecção, caracterizando-se por uma ferida indolor no local da contaminação, geralmente no reto, genitais ou boca. Aproximadamente 3 a 6 semanas após o desaparecimento dessa ferida, ocorre a sífilis secundária, que se manifesta com erupções cutâneas (como manchas avermelhadas), além de febre, dor de garganta e lesões na boca e nos órgãos genitais. Se a infecção não for tratada, pode evoluir para a sífilis terciária, que pode se manifestar anos depois da infeção inicial e resultar em problemas sérios, como complicações cardíacas, neurológicas e ósseas. Há também o estágio conhecido como sífilis latente, em que não há sintomas visíveis, mas a infecção permanece no organismo e tem potencial de ser transmitido ao parceiro(a) durante relação sexual sem uso de preservativos.
O diagnóstico da sífilis é realizado por exames de sangue, podendo ser feito por um único simples teste rápido que está disponível no SUS. Para gestantes, a realização de testes e o acompanhamento adequado, durante toda gravidez, são essenciais para o controle da sífilis congênita. Para finalizar, a prevenção da sífilis se dá essencialmente no uso correto e frequente da camisinha tanto feminina quanto masculina.
Helena Ferreira Maraccini, estudante do 4º período do curso de Medicina da FACISB, orientada pelo prof. Harnoldo Colares Coelho