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Os que julgam Jesus, que é Deus, um dia serão julgados

Diocese de Barretos - 28 de novembro de 2024

Os que julgam Jesus, que é Deus, um dia serão julgados

Os que julgam Jesus, que é Deus, um dia serão julgados

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(Por: Diácono Lombardi)

Como já tivemos oportunidade de comentar aqui, não há “várias missas” às quais vamos regularmente. Apenas por uma questão de introdução, lembramos: o santo Sacrifício é um só, iniciado por sua Paixão, Morte e Ressurreição, e não terminou até hoje, pois é único. Nós é que vamos várias vezes a esta “Missa”, para que estejamos sempre receptivos à redenção que Cristo realiza de geração em geração: “O memorial recebe novo sentido no Novo Testamento. Quando a Igreja celebra a Eucaristia, rememora a páscoa de Cristo, e esta se torna presente: o sacrifício que Cristo ofereceu, uma vez por todas, na cruz, torna-se sempre atual: “Todas as vezes que se celebra no altar o sacrifício da cruz, pelo qual Cristo nessa páscoa foi imolado, efetua-se a obra de nossa redenção” (§ 1364 do Catecismo da Igr. Católica).

O evangelho da solenidade de Cristo Rei nos anos B é de João, que narra Jesus sendo julgado por Pilatos. Nos anos C (Lucas), o evangelho mostra o letreiro sobre a cruz: Jesus Nazareno Rei dos Judeus (INRI). Na missa, ainda vemos Jesus, que é Deus, sendo julgado por Pôncio Pilatos (Credo), um governante covarde que, apesar de não ter provas, lhe impõe a pena de morte na cruz, ciente de que as acusações judaicas eram pífias e falsas.

Na missa, até hoje, temos nosso Deus Salvador ainda diante dos pilatos mundanos, constituídos pelos ditadores e governantes ateus de todos os tempos, ainda julgado e condenado como um homem que aqui viveu há dois mil anos, mas no qual não creem e, logicamente, não o aceitam: “e a luz brilha nas trevas, e as trevas não conseguiram dominá-la” (Jo 1,5). Não são, porém, apenas os governantes, pois a maioria imensa de pessoas de todos os séculos normalmente, de um modo ou de outro, julgando-O, o rejeitaram e rejeitam continuamente. Esse sacrifício de Cristo continua.

Mas o evangelho da solenidade de Cristo Rei, nos anos A (Mateus), nos lembra que “quando o Filho do Homem vier em sua glória, acompanhado de todos os anjos, então se assentará em seu trono glorioso” (Mt 25,31). Jesus é o Juiz universal, e todos, crentes e descrentes, vão encontrá-lo, vivo e com todo poder.

Aqui está um sentido do Tempo do Advento do qual a Igreja, mãe carinhosa, anualmente nos recorda: mais do que simplesmente celebrar o Natal, a primeira vinda de Cristo na simplicidade de um frágil bebê nascido na periferia de uma pequena vila desconhecida do mundo, precisamos entender agora que o mais importante é ficarmos vigilantes e em oração para a sua segunda vinda: “ e de novo há de vir para julgar os vivos e os mortos”.

Sabemos que quem não deve, não teme... Se você se torna um verdadeiro amigo desse poderoso Juiz, seguindo-O como Ele quer, pra quê ter medo?