O som da Seresta no Chão Preto
O Diário - 21 de dezembro de 2024
O som da Seresta no Chão Preto
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A presença do Grupo de Seresta – formado por Neide Caramori no Cajon, Ademar Nunes na Percussão e Netinho Scavaccini no violão – resgata a beleza natural que nutre a cultura musical barretense. A seresta é parte viva e eterna, dando o tom e o ritmo, a cadência sentimental da terra de Chico Barreto.
A seresta barretense é uma enorme e doce festa, revelando no presente o ardor passado, mostrando que a saudade é o que nos resta, tanto quanto a amizade é um dom encantando. A seresta barretense será sempre assim, marcada pela esperança sim fim, recordando sua gente com carinho, onde cada cantor e canção indica o melhor caminho.
A lista dos seresteiros começa com Bezerra de Menezes, avança com Zé Vicente, passa por Lazinho e Osvaldinho, exalta Leila, Norberto, Luiz Brandão, Velú, Serê, Gildão. Todos sentem no coração o pulsar de Juca Bala, Paulo Teixeira, Álvaro Pires, Capil, João do Violão. A seresta de César, Alcione e Darquinha. A arte imortal de João Carlos Soares de Oliveira Junior.
A seresta barretense tem uma legião, traçando com letras o jeito de fazer história, criar memória, trilhar os sentimentos fraternos e solidários da comunidade. A principal característica da seresta barretense é consolidar a “lua como companheira” e conseguir apagar as estrelas uma a uma quando nasce o novo dia. A seresta está na gênese do perfil de Barretos.
A seresta barretense é uma religião. A capacidade de unir e de somar, de cantar e encantar, de tocar e transformar, purifica o ar da cidade com uma sinfonia feliz.