O exemplo das crianças
Diocese de Barretos - 29 de janeiro de 2025
O exemplo das crianças
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Por Pe. Flávio Aparecido Pereira, Vigário Catedral – Barretos-SP
Muitas vezes em nossa vida ouvimos a seguinte frase: as crianças são o futuro da nação. Assim, todos devemos olhar para elas com carinho e cuidado, pois se elas representam o futuro, devem ser cuidadas já no presente. Esse olhar para as crianças não é algo novo, pois Cristo já teve essa mesma perspectiva, e as tinha como um tesouro a ser cuidado com o máximo de zelo possível.
No tempo de Jesus as crianças não possuíam nem voz, nem vez, e isso fica evidente quando se lê o episódio da multiplicação dos pães, pois, nos diz o evangelista que o Mestre multiplicara cinco pães e dois peixes para cinco mil homens, sem contar mulheres e crianças (Mt 14,14-21).
Em outra passagem, Jesus coloca uma criança no centro, trazendo-a em evidência e em foco, ainda diz aos seus discípulos que é necessário elas serem conduzidas a Ele, pois delas é o reino dos céus (Mt 19,13-14).
Na perspectiva teológica, uma criança é um ser inocente, sem malicias em seu coração, além de possuir uma ingenuidade que lhe é própria da idade. No entanto, por não ter idade, ou maturidade, ela era excluída de tudo, colocada de lado.
Cristo, ao colocar a criança em evidência, diz que ela, tal qual toda pessoa humana, possui valor e diante de Deus, ela tem ainda um valor inestimável, ao passo que quando nos fazemos semelhantes a elas, em termos de docilidade, amabilidade e inocência, herdamos o Reino dos céus.
Jesus diz que a seus discípulos para que eles não criem barreiras proibindo as crianças de irem até Ele, assim, não devem proibir que ninguém que O segue de se aproximar dele. Também hoje, não devemos criar barreiras para que nenhum que se faça pequeno, esteja e fique longe de Jesus. O discípulo tem que criar pontes e que unem a Deus e não pontes que nos segreguem dele.
O adulto tem um “jogo de cintura” para lidar com situações e assim, consegue revolver seus problemas: se não der certo de um jeito, tenta de outro, etc. Já a criança, em sua simplicidade não vê malícia e com seu jeito de ser, consegue resolver tudo.
Sendo as crianças o futuro da nação, que possamos a exemplo do ensinamento de Cristo olhar afetuosamente para elas, pois a partir da nossa conduta, e imitando-as, como Ele nos diz, alcançaremos o Reino dos céus.