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Luta barretense pela esperança

O Diário - 31 de janeiro de 2025

Luta barretense pela esperança

Luta barretense pela esperança

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“Na verdade, ter esperança não é de todo fácil”. A frase do Papa Francisco vem acompanhada de uma observação objetiva: “A esperança é um risco que é preciso correr. É o risco dos riscos. A esperança é uma virtude escondida, pertinaz e paciente. No entanto, para os cristãos, a esperança não é uma escolha, mas uma condição imprescindível”. O santo padre acrescentou a expressão de Bento XVI para enfatizar que a esperança não é otimismo passivo, antes pelo contrário, é uma virtude performativa, capaz de mudar a vida. Quem tem esperança, vive diversamente. “Foi-lhe dada uma vida nova”.

O barretense é convidado – especialmente em função do ano jubilar de Esperança – a descortinar sinais práticos. O cenário atual na cidade tem características registradas no cotidiano global, incluído “tempo marcado pela desinformação e pela polarização”. A leitura da Santa Sé de que “hoje em vida, com demasiada frequência, a comunicação não gera esperança, mas sim medo e desespero, preconceito e rancores”, vale particularmente para o contexto barretense.

A proliferação de “textos” nas redes sociais com foco “político e erótico” amplia conflitos e confrontos. Existe, igualmente, avanço nos casos de violência e golpes. Em 2024, foram mais de 2 mil inquéritos policiais instaurados, aproximadamente 1.500 prisões efetuadas e cerca de 250 casos de lesão corporal por acidentes de trânsito.

Ao alinhar a esperança ativa com a segurança coletiva, o barretense pode utilizar a mesma observação feita por Martin Luther King: “se eu puder ajudar alguém enquanto caminho, se eu puder alegrar alguém com uma palavra ou uma canção... então a minha vida não terá sido vivida em vão”.

Se até o sucessor de Pedro admite que “ter esperança não é de todo fácil”, o barretense tem a tarefa de desenvolver uma cultura de aproximação, de comunicação e de paz, passando a se tornar verdadeiramente “peregrinos de esperança”.