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Brancos são maioria dos infectados por dengue em Barretos

Sandra Moreno - 26 de março de 2025

Brancos são maioria dos infectados por dengue em Barretos

IMUNIZAÇÃO: Baixa adesão por público alvo da campanha estadual

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Prevenção e vacinação são prioridades em cenário de alerta para a doença que continua a crescer

Os casos de dengue seguem crescendo em Barretos e preocupam as autoridades de saúde. De acordo com os dados mais recentes do portal do Núcleo de Informações Estratégicas em Saúde (NIES-SP), o município registra 1.383 casos confirmados da doença. Destes, 60 apresentam sinais de alerta, e 4 são considerados graves. Além disso, 4 óbitos estão sob investigação.

Um dado que chama atenção é a distribuição da doença por cor e raça. De acordo com os indicadores do portal de vigilância do Estado de São Paulo, 62,12% dos infectados são brancos, 26,76% pardos, 3,98% pretos, enquanto 13,49% não tiveram essa informação registrada. Esses números evidenciam a necessidade de uma abordagem equitativa na prevenção, garantindo que todas as comunidades tenham acesso adequado à informação e à vacinação.

A dengue tem afetado principalmente o sexo feminino, representando 90% dos casos em diversas faixas etárias, com destaque para mulheres de 20 a 34 anos e de 35 a 49 anos. 

Diante da gravidade do cenário, Barretos está em estado de emergência desde 18 de fevereiro. No estado de São Paulo, 92 municípios enfrentam a mesma situação. A coordenadora da Vigilância Epidemiológica de Barretos, Carla Penha Andrade, ressalta que, apesar das ações de controle, os números de infecção continuam elevados e a adesão à vacina ainda é baixa. “Precisamos reforçar a vacinação. Nossa cobertura continua baixa e o número de infectados alto”, disse ela.

O Governo de São Paulo tem reforçado a importância da vacinação contra a dengue, especialmente para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos. A campanha de imunização segue em andamento em 392 municípios paulistas, conforme diretrizes do Ministério da Saúde. O esquema vacinal é composto por duas doses, aplicadas com intervalo de três meses. 

Na região abrangida pelo Grupo de Vigilância Epidemiológica, já são 3.667 casos confirmados, com 94 pacientes apresentando sinais de alarme, 9 casos graves e 15 óbitos sob investigação. Até o momento, um óbito foi confirmado, os números são da 12ª semana epidemiológica divulgada pelo estado. 

A prevenção é fundamental para conter a doença. Medidas como eliminar focos do mosquito Aedes aegypti, utilizar repelentes e evitar água parada são essenciais. Com a vacinação e os cuidados diários, é possível reduzir significativamente os casos e evitar complicações.

Diante da gravidade da situação, autoridades seguem mobilizadas para conscientizar a população e ampliar a cobertura vacinal. A dengue é uma ameaça real, mas pode ser combatida com informação, prevenção e imunização adequada.