A duplicação das rodovias Assis Chateaubriand (SP-425) e Faria Lima (SP-326), na região de Barretos, é uma demanda urgente e requer a máxima atenção das autoridades locais, regionais e estaduais. Do contrário, infelizmente, de tempos em tempos será necessário realizar a triste contabilidade de mortes em acidentes que se repetem, em sua maioria, nas áreas de pista simples.

O acidente que resultou em quatro mortes na noite de quinta-feira (10), na Assis Chateaubriand, entre Barretos e o distrito de Ibitu, soma-se às estatísticas das tragédias que destroem e traumatizam famílias.

Não é necessário ser especialista em trânsito ou em segurança viária para perceber que a incidência de acidentes com vítimas fatais é maior em rodovias de pista simples, principalmente por causa das condições mais limitadas de segurança que esse tipo de via oferece. Nessas rodovias, os dois sentidos de tráfego dividem o mesmo espaço, o que aumenta significativamente o risco de colisões frontais e/ou laterais — que são, geralmente, os acidentes mais graves.

Além disso, há menos opções para ultrapassagens seguras, o que leva alguns motoristas a realizarem manobras arriscadas. Fato é que a estrutura da pista influencia diretamente na gravidade e na frequência dos acidentes.

Espera-se, com urgência, que essa realidade seja modificada nas duas importantes rodovias que cortam Barretos. Do contrário, será necessário perguntar às nossas autoridades: quantas outras vidas perdidas serão necessárias para que essas obras urgentes e indispensáveis sejam, enfim, executadas?