A implementação das escolas cívico-militares tem gerado discussões acaloradas em nossa cidade; mas, ao avaliarmos seus efeitos de forma imparcial, fica evidente que esse modelo educacional pode trazer benefícios significativos ao desenvolvimento dos alunos, especialmente, devido à crescente preocupação com a violência e à falta de estrutura em algumas escolas, esse modelo de educação surge como uma alternativa que integra a metodologia de ensino tradicional com a participação de militares da reserva no apoio à gestão e disciplina. 

A presença dos militares visa a criar um ambiente mais organizado e seguro, propício ao aprendizado; sem, no entanto, militarizar o conteúdo curricular; o seu papel não é intimidar ou excluir os estudantes, mas sim assegurar a inclusão, a diversidade e um maior nível de organização e disciplina, aspectos essenciais para o bom desempenho escolar. A função desses profissionais é colaborar com os educadores, garantindo uma estrutura que favoreça o desenvolvimento de valores como respeito, ética, responsabilidade e civismo.

Há de se observar que o princípio democrático da liberdade de escolha permite aos pais a opção pelo modelo tradicional ou pelo cívico-militar, considerando assim as necessidades e crenças de cada família. O modelo cívico-militar surge como uma alternativa legítima dentro da educação pública, sem a intenção de substituir os existentes.

Nesse contexto, o entendimento e a colaboração entre educadores, pais e militares devem ser vistos como uma oportunidade de estabelecer um ambiente mais seguro e estruturado, não como uma fusão de interesses conflitantes. Ratificando que os desafios enfrentados por escolas em áreas vulneráveis, onde a falta de controle e estrutura é uma realidade, e o modelo cívico-militar surge como uma estratégia eficaz para promover a disciplina e o respeito, sem comprometer a qualidade do ensino.