É cada vez mais frequente a presença de alimentos sem lactose na prateleira dos mercados para atender aos consumidores que apresentam má digestão dessa substância. Por isso, é importante entendermos essa condição que é muito prevalente, mas também pouco conhecida pela população brasileira.

A lactose é um açúcar presente no leite e nos seus derivados. A enzima lactase é a responsável por quebrar esse açúcar, transformando-o em uma forma que possa ser digerida pelo intestino, como a glicose. Em boa parte da população, após o desmame do leite materno, ocorre uma diminuição da produção dessa enzima. O que acontece é que a lactose não consegue ser absorvida e acaba sendo fermentada pelas bactérias da flora intestinal. Essa fermentação, causa sintomas de dor e inchaço abdominal, diarreia, gases e náuseas.

O diagnóstico dessa condição é feito através de testes de tolerância à lactose em que o paciente ingere lactose e é avaliado se há aumento da glicose no sangue, mostrando que a lactose conseguiu ser absorvida pelo intestino. Quando a glicose no sangue não aumenta como esperado e a pessoa tem sintomas típicos de intolerância, então o diagnóstico é fechado.

A recomendação para os pacientes intolerantes à lactose é evitar o consumo de produtos com lactose, como leite, queijos e iogurtes, e trocar pelos produtos sem lactose, que hoje estão disponíveis na maioria dos mercados. Outra opção é o uso da "lactase", um medicamento que deve ser ingerido junto com os alimentos, e que ajuda a digerir a lactose, podendo aliviar os sintomas. Esse remédio pode ser obtido em qualquer farmácia sem necessidade de receita médica, no entanto não é oferecido pelo SUS.