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A ação importante da oposição

O Diário - 5 de dezembro de 2024

A ação importante da oposição

A ação importante da oposição

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Nenhum político gosta de perder eleição. Há dificuldade de entender a “sabedoria popular”, assimilar o erro da campanha e justificar a incompreensão do eleitor. Enquanto se está na disputa, durante o período de campanha eleitoral, a regra máxima é conseguir a vitória. Feio é perder. O resultado das urnas – entretanto – é um veredito decisivo.

O candidato eleito tem de dividir as “glórias” com a equipe, os companheiros e os aliados. O derrotado só tem a si mesmo para culpar. E então começa seu processo interno de elaboração política. Alguns decidem “pendurar” as chuteiras, sem ânimo para nova decepção futura. Outros já iniciam imediatamente a articulação para ser “candidato” na eleição mais próxima.

Barretos viveu bem seu ano eleitoral em outubro. Dia 1º de janeiro assume um novo prefeito e são empossados os 17 vereadores eleitos. O candidato derrotado e a candidata vencida em 2024 passam a ocupar vaga na oposição. A diferença efetiva está no “nível de oposição”, que envolve tanto o desenvolvimento comunitário como o “ego ferido”. Fazer oposição é cumprir bem a missão fiscalizadora. Sempre porém entendendo os “anseios da população”, evitando sempre dar murro em ponta de faca.

O sociólogo e ex-presidente Fernando Henrique Cardoso lembrou que cabe à oposição - como é óbvio e quase ridículo de escrever – se opor ao governo. “Mas para tal precisa afirmar posições, pois, se não fala em nome de alguma causa, alguma política e alguns valores, as vozes se perdem no burburinho das maledicências diárias sem chegar aos ouvidos do povo”. Em resumo, oposição ao governo e não a cidade e ao cidadão.