O Brasil registrou abate de 29,8 milhões de cabeças de bovinos em 2022. O volume acumulou alta de 7,5% em relação a 2021, segundo dados do IBG. O governo federal revelou que as exportações brasileiras de carne bovina somaram 1 bilhão e 827 milhões de dólares, com volume total de 807 mil toneladas. Uma pecuária cada vez mais comprometida com o futuro sustentável do planeta é exigência para frigoríficos, produtores, criadores e mercados, incluindo Barretos.

O deputado federal Arnaldo Jardim advoga a questão, atuando na Frente Parlamentar no Congresso Nacional. O deputado lembra que o sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta é estratégia sustentável para o aumento da produção agropecuária, uma vez que reduz a abertura de novas áreas, aumenta a captura de carbono e diversifica a atividade rural. Depois que o Brasil assinou o Acordo de Paris, o sistema foi incluído entre as tecnologias do Plano ABC – estratégia brasileira para promover a migração da agropecuária para um modelo de baixo carbono. “As tecnologias de produção sustentáveis podem mudar o perfil da pecuária brasileira e gerar mais renda para o produtor”, assinalou. Arnaldo Jardim tem citado o exemplo da Minerva Foods, que fomenta a descarbonização da cadeia produtiva bovina por meio do Programa Renove. Apoiando produtores na implementação de melhores práticas de produção, como a medição, o monitoramento das emissões e a conversão de áreas em ILPF, o Minerva consegue remunerar a produção de carne menos intensiva em carbono. As fazendas parceiras já emitem 44% menos gases de efeito estufa em comparação com a média mundial.

De vilã ambiental, a Pecuária Brasileira pode prestar um importante serviço ambiental para o planeta. O que precisamos é acelerar, ainda mais, essa transição, reconhece Arnaldo Jardim.