A doação de sangue e a Dengue
O Diário - 18 de fevereiro de 2025

José Antônio Pagola, teólogo espanhol
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Um ônibus com doadores de sangue de Rio Preto suspendeu a presença no Hospital do Amor de Barretos porque o grupo foi diagnosticado com dengue. A doença transmitida pelo Aedes continua afetando a saúde de modo geral e os benfeitores em especial. Os atingidos pela dengue não podem doar em virtude das plaquetas baixas. Felizmente, outras caravanas de cidades na região e até mesmo barretenses – ainda não contaminados – aparecem na unidade do Hemocentro do bairro Paulo Prata para a coleta de sangue.
Com a chegada do carnaval, há sempre preocupação com os bancos de sangue em todas as unidades. Alguns voluntários periódicos e contínuos têm contribuído de maneira extraordinária. A unidade fica aberta no sábado e domingo das 7 às 11 horas. O limite de peso é de 50 quilos e a idade entre 16 e 69 anos.
A doação de sangue parece fator de caridade, enquanto o combate à dengue tem sido cada vez mais política, econômica, social e ideológica. Em diferentes oportunidades, acusações de negligência e omissão são feitas contra o poder público. Em certas ocasiões, fica evidente o desinteresse do cidadão para exercer o cuidado efetivo de combate aos focos de proliferação e contaminação.
Os dados mais recentes divulgados oficialmente pelo governo estadual apontam o registro de 56 mortes por dengue em 2025. Outros 204 óbitos estão em investigação. Dia 11 de fevereiro, uma menina de 11 anos no distrito da Zona Leste da capital, morreu devido à dengue. A capital paulista confirmou mais de 3.720 casos da doença em 2025.