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A eleição daqui e a de lá

O Diário - 23 de julho de 2024

A eleição daqui e a de lá

A eleição daqui e a de lá

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O cientista político Humberto Dantas aproveitou espaço na Rede Vida de Televisão para questionar a ausência de informações sobre o pleito municipal 2024 e o excesso de notas sobre a pré-campanha eleitoral norte-americana. Barretos e outras 5.568 cidades brasileiras escolhem o executivo e o legislativo em 6 de outubro.

Hermann Hesse escreveu que “a maioria do povo vive do sofrimento, não do aprendizado”. O escritor acrescentou que “não existe animal imbecil ou mentiroso, e muito menos vegetal. Tais atributos são privativos do ser humano”.

O cenário questionado pelo cientista político e a realidade apresentada pelo alemão nascido em julho de 1877 estão vivas e sólidas no contexto barretense. É preciso, inicialmente, considerar que a legislação é criada sempre por político no poder, que busca normatizar de tal maneira a reduzir o espaço dos adversários e alargar suas condições e interesses egocêntricos.

Mesmo sabendo que a justiça é cega, mas não surda, os candidatos gostam de “vetar” práticas contrárias, partindo do princípio de que vale para o outro e não para si. Um político que vem somar na campanha é convertido e aquele que adere ao outro é traidor. Levantar acusações levianas para vencer o pleito é legítimo. Contratar “robôs” e alimentar suspeitas são aceitáveis. Nunca porém pelo adversário.

A eleição de novembro nos EUA afeta o mundo inteiro. A eleição de outubro em Barretos afeta por inteiro todo cidadão do município. Nenhum eleitor barretense está dispensado de avaliar, de acompanhar e debater o processo eleitoral de 2024. As escolhas de sucessor para Paula Lemos e a definição de 17 cadeiras parlamentares não são prerrogativas de imbecis ou mentirosos. O maior desafio da campanha eleitoral municipal é a tendência à intolerância.