Nunca foi objetivo maior a instalação de radares para educar a população e coibir excessos de velocidade no perímetro urbano. A lógica visa aumento de receita, atendimento político e eleitoral e estratégia de controle de movimento de veículos. A educação no trânsito exige cultura, gastos, efetivo de segurança e investimentos em sinalização ampla e objetiva. A experiência mostra que a velocidade é reduzida no ponto do radar e uma aceleração duplicada em seguida. Quando o local do radar já é “tradicional”, até mesmo o caráter arrecadador da prefeitura é reduzido e sua eliminação não altera a circulação e a velocidade.

Uma nova empresa assumiu a operação de radares após vencer a licitação. De acordo com a secretaria municipal de Trânsito, mudanças de locais dos equipamentos estão em andamento. O processo de instalação dos novos sistemas envolve testes e aferição. A prefeitura revelou que dos 10 radares existentes, cinco deles foram remanejados para vias de fluxo rápido de veículos e grande movimento, como é o caso das avenidas das Nações, José Domingos Ducatti e João Batista da Rocha. 

O poder público revelou que estão sendo implantadas 84 câmeras de monitoramento em 40 pontos diferentes fazendo parte do programa Cidade Inteligente, que não devem ser confundidas com radares.

Melhor que mais e novos radares, eliminação dos buracos nas vias públicas, mais placas e sinalização vertical e horizontal, controle do uso de celular na direção. Tudo isto é investimento e não receita. Vale a pena considerar que Barretos atingiu em maio uma frota de 109.170 veículos, incluindo 53.665 automóveis, 26.996 motos e 8.383 motonetas.