A santidade está ao alcance de todos
Diocese de Barretos - 3 de novembro de 2024
A santidade está ao alcance de todos
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A solenidade de todos os santos e santas recorda que não só alguns, mas todas e todos somos chamados à santidade. Santos e santas não somente os canonizados cujas imagens são colocadas em nossas igrejas; santos e santas não são os que nunca pecaram, mas aqueles que aceitam serenamente as suas imperfeições e têm a coragem de levantar-se depois de ter caído; há santos e santas de todos os tipos: alguns viveram fiéis a Deus por toda a vida, e outros viveram longe de Deus por muito tempo e depois se converteram; alguns eram muito inteligentes e cultos, e outros não sabiam nem ler e escrever...
A santidade está ao alcance de todos, pois a graça de Deus é dada a todos, e todos podem acolhê-la e deixá-la frutificar. Na verdade, ninguém é santo ou santa por si mesmo, porque só Deus é o único Santo, Santo, Santo. Só Deus tem a Santidade, plena, infinita. Quem quiser ser santo, portanto, precisa se aproximar d´Ele, pois quanto mais próximo, mais santo ou santa fica. Ele, e somente Ele, é quem santifica as pessoas. E Deus chama, vocaciona, deseja que todos façam isso, se aproximem d´Ele, para que sejam santificados, pois não quer que ninguém se perca.
A Igreja é indefectivelmente santa. Cristo amou-a como sua esposa e dá-se continuamente a si mesmo a ela, a fim de santificá-la. A Igreja somos nós. Nós somos a esposa, pela qual Ele morreu de amor, no seu único sacrifício que perdura até hoje, de geração em geração, nos altares eucarísticos de todo o mundo.
A Igreja prega o mistério pascal nos santos que sofreram com Cristo e com ele são glorificados; propõe aos fiéis seus exemplos, porque se eles conseguiram, todos nós também podemos conseguir, pois a graça é abundante e está sempre disponível aos vocacionados. Hoje, numa só solenidade, celebramos, junto com os santos canonizados, todos os justos de toda a raça e nação. Mesmo nós, ainda na militância terrena, somos chamados “santos”, como o apóstolo Paulo nos categoriza em seus escritos, pois se vivemos em Cristo, por Cristo e com Cristo, estamos inseridos no seu Corpo Santo e Místico, e nossos nomes já estão inscritos no livro da vida (Apocalipse 20,12).
As bem-aventuranças são a Carta Magna de Jesus. O itinerário catequético dos seus seguidores. São a reviravolta à mentalidade egoísta do mundo e dos dominantes. Jesus nos ensina uma nova lógica. Inverte a pirâmide social. Valoriza aqueles que o mundo julga infelizes e inúteis. E nos ensina que não viemos ao mundo para sofrer. Viemos para um projeto de felicidade. O convite está feito: felizes de vós! Aqueles que o mundo exclui agora, são os preferidos de Jesus. O convite é para uma festa eterna.
É muita falta de juízo jogar fora um convite desses.