A verdade e a mentira em Barretos
O Diário - 1 de abril de 2025

A verdade e a mentira em Barretos
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A história da fundação de O Diário de Barretos e seu lançamento em 1969 têm passagens extraordinárias, para confirmar as características da cidade e sua gente, as marcas de coragem e determinação, a procura constante pela informação e o conhecimento. Em 69, com a vigência de censura, limitações políticas nacionais, restrições democráticas, o surgimento da publicação era um desafio cultural, econômico e social. As tentativas anteriores tinham fracassado, tanto pelos custos e investimentos necessários, como pelo sistema comercial. A proposta idealizada por João Monteiro de Barros Filho exigia tenacidade e coragem, discernimento e vocação, luta e confiança. A data escolhida de 1º de abril estava diretamente ligada ao anseio de uma “grande verdade” no “dia da mentira”.
A lista dos colaboradores da iniciativa inclui Joel Waldo Dal Moro, Frederico Troppmair, Sebastião Misiara, Antônio de Jesus Buck e uma equipe de gráficos experientes, transformando o “sonho idealista” em realidade palpável. Alguns funcionários foram contratados pela emissora de rádio, temendo as dificuldades financeiras do jornal para manter os salários em dia.
O aparecimento de O Diário impulsionou transformações políticas, mobilizou alternativas de desenvolvimento, qualificou o debate de planos e motivou atividades esportivas e filantrópicas. O Diário fomentou o surgimento da 13ª. R.A. de Barretos, contribuiu para a edificação da Cidade de Maria e foi a base para a implantação do Instituto Brasileiro de Comunicação Cristã. Um órgão de integração.
O arquivo do jornal é registro da história de uma terra, resgatando inclusive seu passado, retratando seu presente e fornecendo pistas para a construção de seu futuro. Depois de passar pelos filhos do fundador, agora está sob a coordenação de Marcelo Monteiro, neto de Monteiro Filho. Com seus desafios, com as mudanças de tecnologia e costumes, com as alterações de conceitos e preceitos, O Diário inicia novo ano atento às demandas, ideais e visão da comunidade barretense. Foi para servir que surgiu e é para ter papel relevante que existe. Uma verdade no dia da mentira.