Especialistas orientam sobre importância de consulta oftalmológica para garantir saúde ocular

O mês de abril foi selecionado para celebrar o mês de conscientização da população para a Prevenção da Cegueira, destacando desde o diagnóstico, o tratamento precoce e a reabilitação. Os médicos dr. Fernando Heimbeck (CRM:104.673) e dra. Daniela Monteiro de Barros (CRM: 109.939) esclarecem que trata-se do chamado “Abril Marrom”, cujo nome vem se consolidando no calendário de temáticas de saúde para a conscientização sobre o problema. 

O Abril Marrom é um alerta para a prevenção de doenças que causam cegueira.  As principais causas de deficiência visual são: os erros de refração (miopia, hipermetropia e/ou astigmatismo), além  da catarata e a degeneração macular relacionada a idade (DMRI).

“A campanha tem por objetivo informar e conscientizar a população sobre a prevenção e o combate às diversas espécies de doenças oculares, reduzir a incidência de problemas visuais, incentivar a população à realização de exames preventivos para a detecção da deficiência visual, e a participação da comunidade na defesa da saúde ocular como qualidade de vida”, afirma o Dr. Fernando Heimbeck.

A cegueira atinge, atualmente, cerca de 1,2 milhão de pessoas no Brasil. Segundo a Agência Internacional de Prevenção à Cegueira (The International Agency for the Prevention of Blindness – IAPB) há cerca de 253 milhões de pessoas com deficiência visual no mundo, sendo 36 milhões de pessoas cegas. 124 milhōes de pessoas têm erros de refração não corrigidos e 65 milhões têm catarata. “Mais do que 75% de toda cegueira é evitável”, completa o especialista.

A dra. Daniela Monteiro de Barros ressalta que cerca de 60% das doenças oculares que causam cegueiras são tratáveis. “Se o paciente tiver a chance de um diagnóstico e um tratamento precoce, ele poderá não se tornar cego. Importante enfatizar que cerca de 85% da nossa comunicação com o mundo exterior se dá através dos olhos, eles são um patrimônio muito precioso, mas muitas vezes não são tratados com a devida atenção e isso precisa mudar”, destaca a oftalmologista. 

De acordo com a médica barretense, estima-se que 44% das pessoas do mundo não acreditam que precisam de um exame oftalmológico e consideram seus olhos saudáveis, pelo simples fato de estarem enxergando. “Esta grande parte da população acredita ser necessário realizar exames oftalmológicos apenas quando sentir dificuldades para enxergar, e quando chegam a buscar atendimento já estão com a  doença em estágio avançado. Considerando que 80% dos casos de cegueira são evitáveis e/ou tratáveis, significa que quase 700 mil brasileiros cegos poderiam estar enxergando caso tivessem sido tratados a tempo. Essas ocorrências poderiam ser evitadas se a população consultasse um oftalmologista periodicamente”, alerta a dra. Daniela Monteiro.

Os especialistas lembram que existem momentos importantes em que é fundamental procurar o médico oftalmologista. “A primeira consulta deve ser realizada logo após o nascimento para detectar a presença de doenças graves como o retinoblastoma, catarata  e glaucoma congênitos. No período pré-escolar é importante uma avaliação completa para detectar os erros refracionais (miopia, hipermetropia e astigmatismo), como também o diagnóstico da ambliopia. Após os 40 anos de vida a avaliação oftalmológica é importante para diagnosticar doenças como o glaucoma e catarata, que são as principais causas de cegueira no mundo, sem esquecer da retinopatia diabética que pode acometer adultos jovens e idosos e ser uma das principais causas de cegueira irreversível”, esclarece a dra. Daniela Monteiro. 

“Pessoas com mais de 60 anos de idade devem se preocupar com a DMRI, que atualmente lidera o ranking de causa de baixa visão na terceira idade. Importante também conscientizar a população que muitas doenças que levam a cegueira somente são diagnosticadas em uma consulta oftalmológica completa, por esse motivo uma simples avaliação para óculos com o médico especialista poderá salvar este paciente de ser o cego do futuro”, conclui o oftalmologista dr. Fernando Heimbeck.