Abstenção, cidadania e o exercício do voto
O Diário - 29 de outubro de 2024
Abstenção, cidadania e o exercício do voto
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Levantamento do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo aponta que, dos mais de 15,6 milhões de eleitores aptos a votar no domingo (27), nas 18 cidades paulistas em que houve segundo turno, 10.703.694 compareceram às urnas, o que representa uma taxa de abstenção média de 31,42% no estado. Na capital, com 9.322.444 eleitores e eleitores, a abstenção foi de 31,54%. Foram 6.382.084 pessoas que registraram sua escolha nas urnas. Em Ribeirão Preto, município em que a vitória de Ricardo Silva (PSD) foi definida por 687 contra Marco Aurélio (NOVO), a abstenção chegou a 37,64%, com 179.759 eleitores que não foram às urnas. Em Franca, a abstenção chegou a 35,42% e em São José do Rio Preto atingiu 34,48%. Vale lembrar que em Barretos, onde não houve segundo turno, a abstenção no pleito de 6 de outubro chegou a 29,12%, com 25.153 eleitores deixando de votar.
O crescimento dos índices de abstenção merece reflexão, pois está diretamente ligado ao grau de interesse e confiança do cidadão nas administrações municipais. Pode-se apontar como causas desse “fenômeno” aspectos relacionados à desilusão e desconfiança com a política, a falta de opções representativas e o aumento visível da difusão de desinformação, entre tantas outras.
A mudança de tal quadro passa necessariamente pela consciência do cidadão de assumir o papel de protagonista na escolha dos seus representantes.