Um professor emérito de “bioética” comentou com jornalistas e amigos durante almoço sobre “os novos embates” políticos, que brotam naturalmente, após toda eleição. O principal “alerta do novo cenário político” mostra que é mais fácil conversar com a minoria do que com a maioria, menos custoso acertar com a oposição do que com a situação. O dinheiro fala mais forte no final do dia.

Visto que se trata de prosa e não de poesia, não se trata de metáforas, mas exercício de figura de linguagem, a pantomima, quando todo gestual faz o menor uso possível de palavras e o maior uso de gestos através da mímica. Coçar os dedos, por exemplo.

A pergunta natural que aparece diante do quadro desenhado pelo experiente educador é quanto vai custar a governabilidade na gestão pública municipal. Cada vez mais a democracia pede transparência, prestação de contas e legalidade, num contexto maior de intolerância, radicalismo e vaidade. Os sinais de incoerência independem da corrente ideológica, democrata ou republicana, esquerda ou direita, progressistas ou conservadores.

O mestre emérito deixou de analisar o cardápio barretense durante o almoço. A consideração focou as novas regras da política, as mudanças no executivo e as diferentes alianças para formação do gabinete administrativo e as forças parlamentares, locais ou internacionais. A observação foi feita no campo genérico, sem considerar Brasília, Washington ou Barretos. O gestor tem uma “conta cada vez mais alta” para atender os “aliados” do que negociar com os “adversários”. Eis a tese para reflexão no feriado da proclamação da república.