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As ameaças de segurança no pleito municipal

O Diário - 29 de setembro de 2024

As ameaças de segurança no pleito municipal

As ameaças de segurança no pleito municipal

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A infiltração de grupos criminosos na política é uma das grandes ameaças das eleições municipais em todo o país, de modo geral, e especialmente no Estado do Rio. O Fórum Brasileiro de Segurança Pública tem acompanhado levantamentos e cenários “em todos os rincões do Brasil”. A preocupação é que no dia 6 de outubro, data do pleito, grupos criminosos promovam atos de coação contra eleitores e candidatos.

O principal risco é o impedimento de comparecimento em determinadas zonas eleitorais. Em lugares que são dominados pela violência, pelo crime organizado, existem casos em que as pessoas são impedidas de comparecer ao local de votação, a depender do interesse político daquela facção. O segundo problema, nesses locais de votação, é a coação aos eleitores para que eles votem em determinado candidato de preferência daquele grupo armado.

As milícias no Rio de Janeiro são um dos grupos armados que têm se aproveitado da política e da participação no Estado para fortalecer sua atuação. Novas medidas são tomadas pela justiça para garantir a lisura do processo eleitoral. Há três mecanismos que os grupos criminosos adotam e que ameaçam as eleições: as ameaças veladas, como declarações explícitas de voto de alguém que controla uma localidade; a proibição de que alguns candidatos façam campanha em áreas de milícia ou de tráfico; e a eliminação violenta de opositores. Só na Baixada Fluminense, de 2015 para cá, foram contabilizados 60 assassinatos de pessoas implicadas na política local.

Um levantamento do Observatório da Violência Política e Eleitoral registrou, entre abril e junho de 2024, - período anterior ao das campanhas eleitorais oficiais – 128 casos de violência contra lideranças partidárias em todo o país. O índice representa o dobro do trimestre anterior, com 59 casos.