Atividade física e prevenção de doenças cardiovasculares
O Diário - 5 de janeiro de 2025
Milena Antunes Vieira, estudante do 2º período do curso de Medicina da FACISB, orientada pela profª Celina Antonio Prata
Compartilhar
Todos nós, em algum momento da vida, já ouvimos dizer que a prática de atividade física faz bem para o coração. Essa associação está correta. A prática de exercícios físicos, sejam eles aeróbicos (caminhada, corrida, bicicleta) ou de força (musculação), contribui para a perda de peso corporal, controle do colesterol, do diabetes e da pressão arterial, e, consequentemente, promove uma maior eficiência do funcionamento cardíaco. Isso significa que manter uma vida ativa ajuda a prevenir o desenvolvimento das doenças relacionadas à maior causa de morte no mundo, as doenças cardiovasculares (DCV). Essas doenças relacionam-se a distúrbios no funcionamento do coração e dos vasos sanguíneos, sendo as mais comuns: infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral (AVC) e insuficiência cardíaca. Sabe-se que, entre janeiro e agosto de 2024, cerca de 270 mil óbitos ocorreram devido a DCV, e, em 2022, este número correspondeu a 400 mil mortes. A atividade física contribui para o aumento do volume ejetado de sangue a cada minuto pelo coração, ajuda a manter a flexibilidade das artérias, reduzindo, assim, o risco de entupimento (conhecido como aterosclerose) e promove redução da pressão arterial, o que alivia o esforço cardíaco, minimizando o risco de AVC e infarto, principalmente. Ainda, são recomendados um tempo e uma frequência mínimos para que um indivíduo deixe de ser considerado sedentário – 150 minutos semanais de atividade de intensidade moderada, ou 75 minutos semanais de atividade vigorosa, sendo recomendada a inclusão de exercícios de fortalecimento muscular em pelo menos duas vezes por semana. É importante considerar que alguns indivíduos, devido a recomendações médicas ou comorbidades prévias, como problemas articulares e respiratórios, por exemplo, devem, com ajuda de profissionais qualificados, adaptar e individualizar a prática de atividade física, a fim de atingir seus objetivos dentro de seus limites.