O barretense Victor Ferreira, o Vitão do Skate, viu com felicidade as medalhas de prata conquistadas por Kelvin Hoefler e Rayssa Leal na Olimpíada de Tóquio. O educador físico de 37 anos tem 22 deles ligados à modalidade, inclusive na organização e locução de eventos na cidade, além de um projeto social, que foi paralisado e deverá voltar depois da pandemia. Vitão lembrou que em diferentes oportunidades encontrou com Kelvin em competições. Em 2009, o medalhista, natural de Guarujá, esteve em Barretos em 2009 e foi campeão do Circuito Maremoto realizado na cidade. "Conheço o Kelvin de vários eventos que a gente fazia. Ele era uma pessoa muito tímida. Uma pessoa humilde, gente boa e focada nos treinos e nos eventos", disse Vitão.

OLIMPÍADA

A entrada do skate nos Jogos Olímpicos é positiva, segundo o esportista barretense. Ele analisa que é importante pela visibilidade da modalidade, que já sofreu resistência pelo país, inclusive com proibição em alguns locais. "Tem skatistas que são contra, mas no meu ponto de vista é uma superação. É algo que lutamos por muito tempo para que o skate tivesse essa visibilidade e viesse ser reconhecido, não só pelo poder público, mas de importância e transformação social e profissional. O skate salva vidas", destacou.

INCENTIVO

Segundo Vitão, o skate nos Jogos Olímpicos será um incentivo também para os esportistas amadores, que terão uma meta importante para almejar, mas que o apoio do poder público é fundamental. "O incentivo para skatistas amadores vai ser maior. Temos mais quatro anos pela frente com novos atletas almejando uma Olimpíada, de representar o Brasil lá fora. E pessoas que não conheciam o skate vão ter essa oportunidade. Um skatista quando acerta uma manobra, o outro comemora junto. Não tem uma briga ou confusão. Skate é uma família. Para isso é preciso ter apoio, com pista de qualidade e ajuda para eventos esportivos. É um todo que precisa ser envolvido", concluiu.