Barretos, dos irmãos Barreto (Francisco e José) é emoção desde seus primórdios, capatazes dos Junqueira e dos Carvalho, aqui aportaram desbravando a região do baixo Rio Pardo correndo para a barra com o Rio Mogi Guaçu.

A saga de nossos desbravadores inicia-se com os Bandeirantes que percorriam o interior da província de São Paulo rumo ao Brasil Central na busca do ouro e pedras preciosas.

A trajetória deles nem sempre foi pacífica e muita vida se perdeu, especialmente a dizimação dos primitivos habitantes – índios de diversas raças e etnias, que eram capturados e escravizados.

A nossa querida Barretos tem uma data específica de comemoração – 25 de agosto de 1.854, em que os herdeiros de Francisco José Barreto e sua mulher Ana Rosa, doaram uma gleba de terras ao Divino Espírito Santo para construção do povoado (daí a origem do imposto denominado de LAUDÊMIO e devido à Igreja Católica no momento das transmissões imobiliárias em determinado perímetro central de nossa cidade).

De lá para cá tornamo-nos referência em vários setores da vida nacional, inicialmente como precursores na produção de carne “in natura” abastecendo os grandes centros e exportando a carne bovina a vários países no exterior.

A existência do Frigorifico Anglo foi marcante em nossa primitiva economia, cultura e educação, isto porque além do abate bovino proveniente das regiões mais longínquas do interior brasileiro, fornecíamos aos seus produtores os insumos necessários à atividade rural e agrícola por eles desenvolvidas, mas também a par disto, acolhíamos os migrantes que aqui aportavam, especialmente os do triangulo mineiro e sul de Goiás, em busca de educação às suas proles.

A presença de Barretos no processo de interiorização brasileiro foi expressiva e precisamos de retornar ao tema para demonstrar como foi nossa contribuição para tal.

EVARISTO ANANIA DE PAULA

Advogado. Promotor de Justiça aposentado.