Comissão da Orquestra diz que prefeito politiza tema que é jurídico
Sandra Moreno - 31 de março de 2025

Orquestra durante apresentação no Cine Barretos
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A Comissão de Representantes da Orquestra Sinfônica Municipal de Barretos divulgou nota em resposta à coletiva do prefeito Odair Silva.
No documento, informa que há mais de 30 dias tenta agendar reunião com o chefe do Executivo para “tratar das demandas que foram apresentadas unilateralmente, porém nunca sequer fomos respondidos”. Também defende que a leitura da Carta Aberta no dia 28 de março, encontra respaldo jurídico na Constituição Federal. “Não se cogita ofensa à honra, à imagem ou à dignidade de nenhuma autoridade, mas sim o exercício da livre manifestação do pensamento e o direito de reunião, fundamentais em um Estado Democrático de Direito”, afirma.
Também esclarece que, em conjunto com o Sindicato dos Servidores Municipais e seus advogados, aguardou a coletiva do prefeito para se manifestar. Informa que a comissão é formada pelos profissionais Eduardo Santana Toledo, Humberto William Alves Muniz e Lucas Vínicius da Silva e foi constituída por meio de ata em 14 de fevereiro de 2025.
A comissão esclarece ainda dos membros subscritores da ata, 15 são naturais de Barretos e que 19 são naturais de outras cidades, tendo em vista que o município não possui faculdade e/ou universidade de Bacharelado em Música. Também cita que o trabalho é orquestral e não individual e ressalta que todos ingressaram nos cargos mediante concurso.
A comissão avalia que “na coletiva de imprensa, o prefeito politiza um tema que é jurídico”. E sustenta que o pleito dos profissionais de música é de valorização profissional, bem como de compromisso do Poder Público em honrar atribuições que são inerentes a ele, como manutenção de insumos e instrumentos; equipamentos de trabalho; vestes profissionais; organização de espaços para estudo; dentre outros. É também dever do empregador dar manutenção às atividades e condições de atuação de seus subordinados.
Entre outros argumentos, a comissão lembra que na segunda-feira (31), após a leitura de carta aberta no dia 28, a primeira iniciativa do dia, foi – por meio da Comissão de Representantes da OSMB – protocolizar petição requisitando reunião com o prefeito “num total ato de demonstração de boa-fé e de tentativa de conciliação e mediação”.