Manchas, pintas e lesões na pele podem corresponder a diferentes diagnósticos, sejam estes de alterações benignas ou malignas, a depender de suas características. Algumas alterações na pele precisam ser observadas cuidadosamente, pois podem fazer parte do grupo mais frequente de câncer do Brasil e do mundo: o câncer de pele. De maneira geral, o câncer de pele ocorre com maior frequência em algumas condições específicas, como: indivíduos com pele, cabelo e olhos claros, que ficam expostos ao sol de maneira prolongada e repetitiva, que já tiveram ou possuem algum familiar que já teve câncer de pele. Estes tumores são divididos em dois grupos: “Não melanoma” e “Melanoma”. O primeiro grupo inclui 2 tumores principais, o carcinoma basocelular (CBC) e carcinoma espinocelular (CEC). O CBC é o mais comum e de menor agressividade, possui altas chances de cura. O CEC é o segundo mais comum, porém pode apresentar um comportamento um pouco mais agressivo se não identificado e tratado precocemente. Para reconhecê-los é preciso ficar atento a lesões de pele que aumentam progressivamente de tamanho, sangram com facilidade e não cicatrizam após 4 semanas. O segundo grupo é representado pelo melanoma, tumor com comportamento mais agressivo por ter maiores chances de metástases (se espalhar para outros órgãos), mas é o menos comum dentre os tumores de pele, correspondendo a apenas cerca de 4%. O melanoma pode surgir em qualquer região do corpo, incluindo mucosas, mãos, pés e nas unhas; é preciso suspeitar deste tumor quando se nota uma pinta de coloração marrom e enegrecida, sofrendo modificações. Uma regra prática para identificar uma lesão de pele alterada e suspeitar de melanoma é a regrado do “ABCDE”: Assimetria, Bordas irregulares, Coloração variada, Diâmetro maior que 6 mm e Evolução (crescimento acelerado). Conhecer os sinais de lesões cutâneas suspeitas de câncer de pele é de extrema relevância, pois ao identificar alguma dessas características é necessário procurar auxílio médico especializado para confirmar o diagnóstico e iniciar o tratamento o quanto antes, aumentando as chances de cura da doença.

Isadora Martins Ferreira Barrilari, estudante do 6° período do curso de Medicina da FACISB, orientada pelo prof. Bruno Augusto Alvares