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Como terminar e quando começar

O Diário - 7 de dezembro de 2024

Como terminar e quando começar

Como terminar e quando começar

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Uma cidade cheia de buracos, ausência de água nos bairros e limpeza pública no domingo de manhã da área central são sinais do “fim de governo municipal”. Pouco agora esperar soluções objetivas e satisfatórias, quando a mudança administrativa está próxima e a gestão tem data marcada para término e prazo estabelecido para começar outra.

Tudo tem explicação, justificativa e até desculpa. Mas cada cidadão é chamado a entender melhor o “lugar onde vive”. Entender mais ainda: a postura individual afeta a conduta coletiva. A mudança de gestores é uma coisa  e a permanência do cidadão é outra.

- Quem reclama da sujeira das vias tem jogado papel pelo vidro do seu carro em movimento?

A pandemia provocou efeitos e mudanças. As tempestades alteraram a paisagem e a estrutura. A falta de chuva desequilibrou os sistemas de abastecimento.  Uma gestão com tantos ativos climáticos e sanitários encontra justificativa para não apresentar uma ficha de realizações notáveis e permanentes.

A maior missão para o próximo ano será assimilar a esperança, não como sistema religioso ou filosófico, mas como uma virtude de exercício coletivo, comunitário e consenso. O alerta que se faz hoje está vinculado à intolerância, o radicalismo ideológico, os conflitos e confrontos de violência, mesmo com as inovações tecnológicas e os saltos extraordinários em comunicação e transmissão de dados. A esperança deve nortear a postura da cidadania, ampliar os espaços de diálogo e de entendimento, fomentar a participação democrática e promover a redução das taxas de agressões às mulheres e crianças, os índices de estelionatos e golpes com idosos.

A recomendação deixada pelo Papa Francisco no Rio de Janeiro na JMJ enquadra bem a meta de 2025: não deixe ninguém roubar a esperança.