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Conhecendo um pouco mais de Vicente de Lima, um barretense que orgulha sua cidade natal

O Diário - 24 de julho de 2024

Conhecendo um pouco mais de Vicente de Lima, um barretense que orgulha sua cidade natal

Rosimeire Ferreira Mendes doutoranda em psicologia e membro da ABC - Academia Barretense de Cultura

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A cidade de Barretos foi e continua sendo um celeiro de talentos artísticos e culturais formado por músicos, pintores, atores dentre tantas outras artes.

Próximo ao mês que se comemora o aniversário de Barretos, vale a pena conhecer um pouco mais da história de alguns “filhos” dessa terra que tanto nos enalteceu nos palcos da vida.

Sendo assim, apresenta-se um pouco mais da vida de Vicente de Lima, nascido em Barretos no ano de 1903, filho do Coronel Silvestre de Lima que além de destacado chefe político, formado em direito e poeta foi um grande incentivador da formação cultural dos seus filhos.

No ano de 1919, a família de Vicente de Lima mudou-se de Barretos e na época ele já se evidenciava como um excelente músico.

A história retrata que no ano de 1924, ele formou um trio com o pianista Alberto Soles e o compositor instrumentalista Sivan Castelo Neto, passando a atuar na Rádio São Paulo.

Em julho de 1927, Vicente de Lima retorna a Barretos para uma audição musical de flauta e piano no Eden-Cinema. Tal espetáculo visava angariar fundos para as comemorações do centenário da fundação dos cursos jurídicos no Brasil (Faculdades de Direito de Recife e São Paulo), sendo o artista ovacionado pelo público presente.

Nesse período, Vicente de Lima já se destacava como famoso flautista, sendo considerado o substituto de Patápio Silva  (melhor flautista da América do sul da época).

No início da década de 40, foi diretor musical do Teatro Infantil em São Paulo e maestro da orquestra infantil formada por meninos e meninas na faixa etária de 9 a 14 anos.

Nas décadas de 50 e 60 passou a lecionar canto Orfeônico no Instituto de educação Caetano de Campos.

Vicente de Lima também integrou o grupo “Regional Armandinho” composto por Armandinho (violão), Pinheirinho (cavaquinho) e Pingo (pandeiro).  Além disso, fez parte juntamente com José, Osmar e João Dias de um quarteto de flautas passando a atuar na Rádio Record.

Além de flautista, era um exímio pianista e famoso compositor de canções. Dentre suas composições, cita-se a famosa música “Noite de Garoa” que foi gravada por Orlando Silva, Cascatinha e Inhana e Elza Laranjeira.

O consagrado artista foi casado e teve uma única filha, que lhe deu duas netas. Em 1985 veio a falecer, porém deixando um legado de canções e de orgulho à comunidade barretense. 

Rosimeire Ferreira Mendes – doutoranda em psicologia e membro da ABC - Academia Barretense de Cultura