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Da geração anos dourados

O Diário - 18 de janeiro de 2025

Da geração anos dourados

EVARISTO ANANIA DE PAULA - Advogado. Promotor de Justiça aposentado

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A chamada geração dos anos dourados viveu num período compreendido entre as décadas de 50, 60 e 70 – um período romântico, porém de grandes transformações sociais. O seu início tem como marco principal o fim da segunda guerra mundial e perpassa boa parte do período da chamada GUERRA FRIA, onde se tinha como iminente o embate e confronto entre as potencias EEUU X URSS (Estados Unidos e Rússia).

Aqui em Barretos essa geração tinha como foco social o Grêmio, a União, o Kaikan, o Clube do Frigorifico, o tradicional “footing” (ato de caminhar pelas praças da cidade) com sua tradicional divisão de classes sociais, uma da avenida 19, calçada de cima e a outra no quarteirão de baixo, além da turma que preferia o interior da nossa queridíssima Praça Francisco Barreto e sua tradicional fonte com jatos de águas coloridas.

Mas meu foco eram os comícios de períodos eleitorais. Muitos sabem que me elegi vereador à Câmara Municipal de Barretos – legislatura 1969 a 1972, sendo o mais novo até hoje, completando a maioridade já no exercício da vereança. Naquelas eleições a coligação do MDB tinha como um de seus candidatos a dupla Cristiano de Carvalho e Uebe Rezek que foram eleitos e empossados para o mesmo período em que exerci a vereança. Desejo, no entanto, me reportar aos showmícios que eram protagonizados pelo candidato Cristiano, o conhecido NHOZINHO ou BAGAÇO, e sua marca preferida que era uma trouxa de bagaços de cana amarrada nos postes pela cidade.

Mas o que mais atraia multidões aos eventos políticos pelas ruas e praças da cidade eram a sua forma de se expressar bastante rudimentar, frases bem montadas e populares, que caiam no gosto das pessoas e que se divertiam muito com sua fala. Algumas frases tornaram-se marcantes, mas um de seus “causos” que mais marcaram e que coincidentemente se torna muito atual, é a estória de dois macacos atravessando uma pinguela, onde o macaco que ia atrás gargalhava-se do macaco que ia à frente pois seu rabo roçava as águas do córrego, porém não conseguia enxergar que seu próprio rabo também estava dentro d’agua.