A Demência é uma síndrome que possui uma série de sintomas que acentuam progressivamente com o tempo. Dentre eles a perda de memória, a dificuldade de pensamento, de linguagem, de resolução de problemas. A demência é diagnosticada com base nos sintomas do paciente, sem o exato conhecimento das causas. Assim, existe a chamada Demência Senil, que está associada a idades avançadas, em que quanto maior a idade maior a severidade dos sintomas, principalmente a perda de memória. A Demência Senil é parte do envelhecimento natural do ser humano, condição em que ocorre redução do volume cerebral e do número de comunicações entre os neurônios do cérebro responsáveis pelo aprendizado, memória, percepção dos sentidos, entre outros. Entretanto, como a Demência Senil está associada ao esquecimento, muitas vezes seu diagnóstico se confunde com a Doença de Alzheimer, um tipo específico de demência em que ocorre a morte progressiva de neurônios cerebrais com perda de memória e o comprometimento de várias funções como dificuldade para a realização das tarefas diárias e o aparecimento de distúrbios comportamentais, como a agressividade e a depressão. A principal causa da morte de neurônios na doença de Alzheimer é conhecida e se deve ao acúmulo de proteínas específicas que formam placas extracelulares e filamentos intracelulares.

Dessa forma, a Demência Senil e a Doença de Alzheimer são comorbidades distintas e o diagnóstico diferencial requer conhecimento médico na área. Isto é de extrema relevância para a área da saúde, uma vez que ambas as doenças apresentam alguns sintomas semelhantes e são prevalentes em idades avançadas. O diagnóstico diferencial é muito importante na vida do indivíduo, visto que as linhas de tratamento e os impactos na rotina são diferentes.

Julia Miranda Ambrosano, estudante do 2º período do curso de medicina da FACISB, orientada pela profª Maria Luiza Nunes Mamede Rosa