Esqueci minha senha
Devolva a provocação com um sorriso 

O Diário - 31 de janeiro de 2023

<strong>Devolva a provocação com um sorriso </strong>

Patrício Augusto

Compartilhar


Fomos criados, cada qual com dificuldades ou não pelas nossas famílias. Vivemos a juventude. O tempo passou, a idade avançou. Cheguei nos 62. A cada dia, a cada ano, imaginando um amadurecimento lá na frente, mas hoje sabedor que não é bem assim. Amadurecer é um processo diário. O conhecimento nunca chega na totalidade. A perfeição a gente quer chegar também, mas não teremos tempo suficiente para alcançá-la nesta vida terrena. Deus nos deu o dom de buscá-la e nos coloca cientes de que a meta não será atingida. O recado celestial é muito claro: correr atrás toda hora. Corrida contínua, que vai seguir depois desta passagem por aqui. A vida é um dia após o outro. A medida que seguimos nosso caminho aqui nos aportamos em coisas novas, desafios maiores, percebemos comportamentos de pessoas que não eram vistos por nós. De gente que se sente no direito de nos submeter a julgamentos, sem ter ciência de nossas motivações e direitos. Não respeitam nossas opções, convicções, religião, etc... e tal.  Segregam, separam.  Condicionam amizade e afetividade desde que pensemos como nos querem moldar. Vivemos um momento de um descortínio de maldades antes incontidas nas pessoas que foram afloradas por uma parte da polarização absurda, que não aceita perder na democracia e em respeito a alternância de poder e governo.  Mas estou resiliente, paciente e dando de ombros para as hostilidades e provocações. Me provocou, hostilizou, foi preconceituosa (o) tentou me desestabilizar, questionou meu visual estético, minha barba que já foi raspada e a cor da minha roupa, ganha um sorriso de volta e uma afirmação: “é feio falar que a outra pessoa está feia”. A vida é bela. Então desejo paz, prosperidade e harmonia para elas. Se alguém me condicionar o alinhamento amigo da forma que quer, vou fazer o que? Se não depende mim, então rezo para quem se comporta assim, deselegante, não gentil. Gentileza gera gentileza. Não vou ficar guardando sentimentos de raiva. Poderia ter dó ou pena dessas pessoas que segregam, são intolerantes a ponto de separar-se de quem se diziam amigas colocando até palavras em nossas bocas. Mas, sabiamente é melhor rezar por elas para que se livrem do ódio, fiquem leves, quem sabe retomem a consciência, o bom humor e o caminho paz. Quem se deixa contaminar assim fica tóxica, sofre, não ama, não sabe receber o perdão e muito menos sabe perdoar. Acredita que está bem ... acredita e fica com a sensação de enorme felicidade pensando que afetou o outro lado. Criando uma verdade dentro de si, se envolvendo numa bolha virando um “Contador (a) de História”. E vai além: ri, sorri, faz a interlocução na Rádio Peão e não percebe a raiva e a mágoa permanentes estampada ali no rosto que só faz lhe mal. A vida é bela, uma dádiva divina que não deve ser despedaçada e desintegrada pelo rancor. Vamo que vamo!