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Dia de São Francisco, o pobrezinho de Assis

Diocese de Barretos - 4 de outubro de 2024

Dia de São Francisco, o pobrezinho de Assis

Dia de São Francisco, o pobrezinho de Assis

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Giovanni  Francisco di Bernardone nasceu rico, filho de Pietro di Bernardone, abastado mercador de tecidos, e de Giovanna, de origem provençal (França). Seu nome, Francisco, dado pelo pai, é uma homenagem à origem francesa da mãe. João, dado pela mãe, uma homenagem ao precursor, João Batista.

Francisco gozava de comodidades da família e dos privilégios dados pelo Imperador aos ricos da cidade de Assis. Aprendeu o francês com a mãe, alguns conhecimentos básicos na escola paroquial de São Jorge e preparava-se para prosseguir os negócios do pai. Era baixo, magro, cabelos e barba escuros, elegante, amante dos prazeres da vida e das diversões, nas quais gastava prodigamente o dinheiro do pai. Com o título de “rex juvenum”, liderava as festas da galera do seu tempo. Participou da guerra entre Assis e Perugia (1202-1203) e, feito prisioneiro, passou um ano terrível nos cárceres de Perugia, dos quais só pôde sair depois que o pai pagou pesado resgate.

Parcialmente refeito do duro golpe, enquanto se dirigia para Puglia, a fim de defender com armas o interesse do papa (Inocêncio III: 1198-1216), em Spoleto, durante um sonho, ouviu uma voz que o convidava a “servir ao patrão (Deus) ao invés de ao empregado (o papa)”. Tendo retornado a Assis, que não aprovava seu regresso, entregou-se a intensa oração. À procura do grande Rei, partiu em peregrinação a Roma, de onde, porém, voltou decepcionado. No outono de 1205, Deus lhe falou pelo crucifixo de São Damião, uma igreja em ruínas não muito longe do centro de Assis: “Francisco, vai e reconstrói a minha Igreja, que, como vês, está desmoronando”. Interpretando a mensagem ao pé da letra, Francisco pôs-se a reconstruir São Damião, dilapidando os bens do pai, que o denunciou ao bispo. Despoja-se, então, de suas vestes e as restitui ao pai, diante do bispo de Assis, que o protege com seu manto.

Em abril de 1208, sente o chamado evangélico à pobreza. Sua conversão, sua vivência nua e crua do evangelho foram progredindo em meio à pobreza, à penitência e ao anúncio do Evangelho aos de perto e aos de longe (tentou o Marrocos, a Espanha, e, pessoalmente, a Palestina e o Egito). Ao seu redor vai crescendo, primeiro, um grupo de homens - a Ordem dos Frades Menores; depois, um grupo de moças e mulheres - as Pobres Mulheres Reclusas de São Damião (Clarissas); finalmente, um grupo de leigos e leigas que abraçam os mesmos ideais de Francisco sem deixar suas famílias e profissões (a Ordem Terceira Franciscana).

Na festa da Exaltação da Santa Cruz de 1224 recebeu os estigmas da Paixão. Ao descer do Alverne, Francisco estava um farrapo. Apesar dos tratamentos, não melhorou. Atendendo ao seu pedido, foi levado à Porciúncula onde, estendido sobre a terra nua, morreu, recitando o Salmo 141, na noite avançada do dia 3 de outubro de 1226 (Por: Revista “O Pão Nosso, n. 226).