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Dia de São Joaquim e Santa Ana, pais da Virgem Maria

Diocese de Barretos - 26 de julho de 2024

Dia de São Joaquim e Santa Ana, pais da Virgem Maria

Dia de São Joaquim e Santa Ana, pais da Virgem Maria

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Os textos canônicos nada dizem a respeito de Ana e Joaquim, pais de Maria e avós de Jesus. O que sabemos deles sabemo-lo pelos escritos apócrifos. Ana era filha de Isacar e esposa de Joaquim, homem jovem, rico e piedoso. Seja Ana seja Joaquim pertenciam à mesma tribo, Judá, sendo, portanto, de estirpe davídica.

Depois de vinte anos de matrimônio, porém, ainda não tinham descendência (cf. Evangelho do Pseudo-Mateus 2). Naquele ano, por ocasião da festa das colheitas, Joaquim subiu ao Templo para fazer suas ofertas (cf. Protoevangelho de Tiago 1,2), sempre generosas, quando foi repreendido pelo sacerdote Isacar, por misturar-se aos homens que tinham tido filhos (cf. Nascimento de Maria 2,2). Intrigado pelas palavras de Isacar, pôs-se a estudar os antigos documentos e concluiu que os grandes personagens de Israel tinham sido abençoados com uma descendência. Resolveu, então, retirar-se para uma região semidesértica, onde armou sua tenda e jejuou 40 dias e 40 noites: “Não tomarei nenhum alimento enquanto Deus não vier visitar-me. Que a minha oração me sirva de alimento e de bebida” (Protoevangelho de Tiago 1,4).

Por cinco meses, viveu afastado de Ana, que se desfazia em lágrimas. Aconselhada por Judite, sua serva, Ana resolveu reagir, tirou o luto (cf. ibidem 2,4) e, enquanto passeava no jardim de sua casa, um anjo de Deus se manifestou a ela: “Não temas, Ana... O Altíssimo decidiu que tenham um rebento, objeto de admiração por todos os séculos, até o fim dos tempos” (Nascimento de Maria 4,1). No mesmo momento, um anjo – o mesmo que se mostrara a Ana – aparecia a Joaquim, nas montanhas, sugerindo-lhe que voltasse para casa e que sua mulher engravidaria. Naquela noite, Joaquim repousou junto com sua mulher em casa (cf. Protoevangelho de Tiago 4,4).

Transcorreu o tempo e quando, sem dor ou dificuldade, Ana deu à luz, no quarto mais reservado da casa, à pergunta de Ana – “ O que dei à luz? – a parteira respondeu: “Deste à luz uma filha belíssima, radiante e esplêndida, sem mancha alguma”.

Um anjo informou aos pais o nome da menina – Maria – que, em hebraico, significaria “a língua da criação” (Livro 1 de Enoque 60) e “exaltada por Deus” (Livro da Infância do Salvador 16). - (revista “O Pão Nosso de cada dia”, n. 223).