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Doação de Medula Óssea: como é feita?

O Diário - 10 de junho de 2023

Doação de Medula Óssea: como é feita?

Mirella Boschiero, estudante do 11º período do curso de Medicina da FACISB, orientada pela profª Patricia Modiano

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A medula óssea é um tecido gelatinoso que fica no interior dos ossos e é responsável por fabricar as células sanguíneas – hemácias, leucócitos e plaquetas. Quando alguém é diagnosticado com doenças graves do sangue, como leucemia, linfoma ou anemia aplástica, um transplante de medula óssea pode ser a esperança de cura.

Para se tornar um doador de medula óssea a pessoa deve apresentar idade entre 18 e 35 anos, documento de identificação com foto, estar em bom estado geral de saúde e não ter nenhuma doença impeditiva para cadastro. O cadastro é feito após o preenchimento de um formulário com suas informações pessoais e a coleta de uma amostra de sangue (5mL) para testes de compatibilidade. Estes dados serão incluídos no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME), onde permanecerão até os 60 anos, e em caso de identificação de compatibilidade com um paciente, haverá o contato para realização de outros testes.

A doação de medula óssea é um procedimento seguro que pode ocorrer de duas maneiras: punção da medula óssea no osso da bacia feita em centro cirúrgico sob anestesia e a coleta através de sangue periférico diretamente da corrente sanguínea. O médico responsável pelo tratamento irá decidir qual é o método mais adequado para cada caso e o médico que avaliar o doador irá discutir com ele os prós e contras de cada método. Os efeitos adversos da doação podem consistir em dor em local da punção e sensação de quadro gripal, que tendem a desaparecer em alguns dias.

A maioria dos doadores consegue retornar as suas atividades habituais após uma semana da coleta, e pela medula óssea se proliferar naturalmente, dentro de aproximadamente duas semanas após a doação o organismo estará recuperado. É importante ressaltar que a doação de medula óssea não afeta a qualidade de vida do doador a longo prazo, e que também é um processo anônimo que pode salvar vidas.

Mirella Boschiero, estudante do 11º período do curso de Medicina da FACISB, orientada pela profª Patricia Modiano