Vento gelado batendo em meu rosto, me diz que é agosto florada do ipê no sertão. A frase musical de Bezerra de Menezes retrata o “calor humano” barretense durante o mês da Festa do Peão, independente do clima político, econômico e ambiental que possa pairar nas “invernadas” da cidade.

Hoje muitas cidades do exterior questionam os rumos de seu turismo, sua capacidade de acolher visitantes e sua relação com a política local, emprego e renda, trabalho e produção. Quase 10 milhões de turistas estrangeiros escolhem visitar a Ilha de Maiorca todos os anos. A maior das Ilhas Baleares, na Espanha, é, sozinha, responsável por aproximadamente 12% do volume turístico do país inteiro.

Barretos é uma estância turística, faz investimentos no setor e tem direcionado verba para mecanismo de fomento da atividade. A festa de Os Independentes é o ponto alto do conceito de turismo, pelas atrações oferecidas aos visitantes em shows, competições de rodeio e gastronomia.

As condições de estância turística e festa do peão em agosto implicam em criar uma sociedade educada para ser aberta e receptiva, com respostas cada vez mais objetivas, diretas e reais, mesmo não sendo únicas e absolutas. O desenvolvimento de uma “cultura local” para o turismo pede meditação, conscientização e maturidade, para assegurar justiça social, desenvolvimento coletivo e crescimento econômico viável e sustentável.

Além do fato de abrigar o Hospital de Amor, Barretos é também um centro de referência por acolher o IRCAD - o maior centro de treinamento em cirurgia minimamente invasiva do continente e possui a mais moderna estrutura para a especialização médica dos países latino-americanos.

Todos os taxistas de São Paulo já ouviram falar de Barretos e sabem mais da cidade do que de muitos outros municípios até maiores e fortes. A busca da essência da vida barretense é tarefa de percepção de cada um e de todos.